Um susto e tanto… Um pescador foi encontrado à deriva nesta segunda-feira (26), pendurado em uma boia de sinalização em São João da Barra (RJ). Deivid Soares, de 43 anos, estava desaparecido desde domingo (25), quando entrou no mar na Praia de Atafona, distrito da cidade, e acabou caindo de sua embarcação. Nesta terça-feira (27), o sobrevivente falou sobre tudo o que viveu.
O pescador, mais conhecido como Leandro, estava trabalhando sozinho na noite de Natal. Tudo ia bem, até que ele caiu no mar em Atafona e não conseguiu voltar ao seu barco. Após estranharem sua ausência, familiares e amigos começaram as buscas pelo homem. Além dos esforços individuais, a Marinha também foi acionada. Segundo o g1, João Batista Soares, pai do “náufrago”, disse ter começado a pensar no pior.
Colegas de pesca seguiram com as buscas pelas águas e ficaram aliviados ao encontrarem a embarcação de Leandro em alto-mar. No entanto, todos se surpreenderam ao se aproximarem e descobrirem que não havia ninguém lá. Enquanto isso, o pescador nadava para tentar sobreviver. A oito quilômetros de onde seu barco estava, ele encontrou uma boia de sinalização. E foi lá que seu amigo, também pescador, finalmente o encontrou. As imagens desse momento também circularam pelas redes sociais. Assista:
➡️ Pescador desaparecido é encontrado à deriva pendurado em boia
Pescador, que estava desaparecido há dois dias após cair de barco, foi encontrado com vida pendurado em boia próximo ao Porto do Açu, no RJ
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— Metrópoles (@Metropoles) December 27, 2022
Em entrevista ao telejornal “RJ Inter TV”, da afiliada da TV Globo, Leandro contou por que não conseguia retornar ao barco. “Pra mim, os primeiros dez minutos foram os mais difíceis porque eu queria a todo custo chegar à embarcação. Mas é um peso d’água descomunal mesmo, não tinha como nadar contra”, afirmou ele.
Ao longo dos quilômetros que teve de nadar, Soares decidiu tirar sua camisa e sua calça molhadas para tentar ficar mais leve, enquanto seguia à deriva. “Tinha ondulação, vento… Resolvi deixar as águas me levarem pra gastar menos força e ‘andar’ mais rápido. E eu levei umas quatro horas nadando para chegar no Porto do Açu, no balizamento. Passei a noitada”, contou. Contudo, a falta de roupas e a baixa temperatura da água trouxeram um outro medo ao pescador: “Não achei que eu ia morrer afogado, mas eu achei que eu ia morrer de frio, porque eu estava só de cueca”.
“Um erro, né? Mas… Eu tinha que andar rápido e eu me safei. Por muitas vezes eu pensei que ia morrer de frio até chegar o socorro”, acrescentou. Felizmente, depois que o dia amanheceu, Leandro foi localizado nas boias de sinalização de Porto do Açu.
Mas até lá, todos se assustaram muito… “Quando acharam a embarcação sem tripulação, aí que foi a dor. Todo mundo achou que o pior tinha acontecido. Mas Deus me deu forças, eu nadei até a boia e consegui me salvar. […] Foi uma pressão pra caramba”, afirmou. Depois de sobreviver ao incidente, o pescador refletiu: “Com certeza eu tive a segunda oportunidade pra encarar a vida com outros olhos”. Assista:
https://twitter.com/MidiasSo/status/1607862666886012930?s=20&t=sQC3Tw8gMdpKlHw2PWO38A
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