Revoltante! Nessa terça-feira (13), um homem gay foi alvo de ataques de quatro pessoas dentro de um estabelecimento em Itaguara, interior de Minas Gerais. De acordo com o UOL, o grupo entrou no comércio (uma lan house administrada pela vítima, que funciona no mesmo local de sua residência), ameaçou o rapaz e injetou um líquido no pescoço dele, com uma seringa, que o deixou desacordado.
Na sequência, o homem foi agredido e sofreu cortes pelo corpo, da lombar até as nádegas. Quando acordou, ele sentiu dores nas costas e percebeu que havia sangue espalhado pelo chão. Como se não bastasse, o rapaz teve uma suástica, símbolo nazista, desenhada na testa e uma ameaça redigida na barriga: “Na próxima você morre”. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado até a Santa Casa de Misericórdia de Itaguara, tendo alta após serem feitos curativos para os ferimentos.
Em depoimento prestado às autoridades, a vítima disse acreditar que a motivação do crime tenha sido homofobia, já que um dia antes (12), foi hostilizado em uma praça no centro da cidade pelo mesmo grupo de homens que o atacou. Eles teriam chamado o rapaz de “gordo e porco gay”. Aflito, ele se escondeu próximo de uma viatura da PM, mas não prestou queixas na ocasião. Também segundo o relato, os suspeitos seriam brancos de olhos claros e tinham a marca da suástica desenhada no pescoço.
Em nota, a Polícia Civil disse ter instaurado um inquérito para investigar o caso: “A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito policial para investigar o crime de lesão corporal, registrado nesta terça-feira (13), em Itaguara. Após os fatos, a vítima foi encaminhada para atendimento médico e, a princípio, não há testemunha que possa colaborar com informações”.
“A investigação tramita na 9ª Delegacia de Polícia Civil em Itaguara, onde os trabalhos investigativos estão em andamento para apurar as circunstâncias, o motivo e a autoria do crime. Outras informações serão repassadas em momento oportuno, para não atrapalhar o andamento da investigação”, acrescentou o comunicado.
O UOL questionou a PCMG sobre o inquérito ser apenas por crime de lesão corporal, já que há indícios de homofobia e apologia ao nazismo, além de ameaça. A corporação, por fim, argumentou que a “ocorrência foi registrada, a princípio, como lesão corporal, mas que não descarta nenhuma linha investigativa“.