Neste domingo (20), o programa “Domingo Espetacular”, da Record TV, trouxe uma entrevista com a esposa do “serial killer” de Brasília, Lázaro Barbosa. A moça contou detalhes sobre a vida de casada com o assassino, alvo de uma caçada policial que já dura 13 dias, e também desabafou ao revelar que sofreu agressões de oficiais para revelar o paradeiro do marido.
“O policial deu três, quatro tapas no meu rosto. Ele quebrou o rodo da minha tia e ia me bater com o cabo. Eu pensei comigo: senhor, eu não acho justo eu apanhar com esse cabo de vassoura. O senhor sabe que eu não sei onde ele está. Eu diria [se soubesse]”, declarou a jovem em conversa com Roberto Cabrini.
Além disso, ela afirmou que um policial ameaçou afogá-la caso a garota não colaborasse com informações sobre Lázaro e ainda teria dito que não gostava de crianças. “Isso é um abuso, eles não podem bater na gente assim”, disse ela. A companheira do fugitivo relatou também que está sendo amedrontada por civis. “Hoje mesmo uma mulher me falou para eu não ficar andando na rua, porque tem muita gente comentando: por que não mata a mulher dele? Corta o pescoço dela para ver se atinge ele, se ele se entrega”, contou.
Perguntada sobre qual seria o maior trauma de seu marido, ela revelou: “De ter sido muito judiado pelo pai, ter visto muito a mãe dele apanhando. Tanto do marido quanto de padrasto. Ele relatava que às vezes dava uns tapinhas na filha. Ele não batia nela“, relembrou a moça, que tem uma filha de dois anos com o criminoso. Por motivos de segurança, ela preferiu não mostrar o rosto.
Ela se disse muito surpresa com a revelação dos crimes do marido. “É um momento de muita tristeza, nós não esperávamos isso dele. Nem eu, nem a família. Eu sabia que ele tinha matado uma pessoa na Bahia, a família que contava. Ele não falou sobre homicídio, só falou que se arrependia. Eu não tinha medo de viver com ele porque achava que ele já tinha pago pelo que ele fez e ele era uma pessoa gente boa“, relatou.
“Ele acredita em Deus, Jesus. Não acredito que ele faça cultos satânicos. Quando acontecia alguma coisa que entristecia nosso coração, sempre íamos orar… Quando criança, ele dizia que o sonho era ser policial“, prosseguiu ela. “Eu não quero mais passar o que eu passei com a polícia… Ele estando preso, eu vou estar junto, se eu precisar visitar ele. Ele foi uma pessoa boa pra mim, mas a confiança acabou“, concluiu. Assista:
Nota da Secretaria Pública do Estado de Goiás
A Segurança Pública do Estado de Goiás disse, em nota ao programa dominical, que as denúncias de agressão feitas pela mulher de Lázaro serão investigadas, agindo conforme os protocolos da polícia.