Em junho do ano passado, a apresentadora Silvye Alves foi vítima de uma grave agressão física. Nesta quarta-feira (4), a história teve um desdobramento; de acordo com ela, seu ex-namorado, Ricardo Hilgenstieler, oficializou um pedido de adiamento da audiência do processo, que originalmente estava marcada para este mês. Em entrevista ao hugogloss.com, Alves desabafou sobre os impactos do ataque que sofreu, e como reagiu à mudança no cronograma do processo.
O caso ganhou grande repercussão no país, especialmente pelo estado em que a jornalista apareceu nas redes sociais depois da violência a qual foi submetida, e a informação de que seu filho, com 11 anos na época, tinha presenciado todas as agressões. No dia 20 de maio, uma audiência estava marcada para dar continuidade ao processo, no entanto, Hilgenstieler solicitou que o compromisso com a Justiça fosse adiado por tempo indeterminado, argumentando que estará presente em uma feira de móveis na data do primeiro agendamento.
Ao hugogloss.com, Silvye revelou que tomou conhecimento do pedido hoje e teve um “gatilho” acionado por conta da Síndrome do Pânico que desenvolveu desde as agressões. “Entrei em choque… Passei mal e tive que ser socorrida. Meu sentimento?! Angústia e desprezo!”. A jornalista se revoltou, principalmente, com o motivo dado pelo ex para o adiamento. “Um ser que fez o que fez, pedir adiamento alegando necessidade de participar de uma feira de móveis?! Absurdo! E o respeito à justiça, porque à vítima não teve. Espero que a juíza responsável olhe com o olhar de uma Justiça respeitosa e compreenda que uma feira de móveis não pode ser mais importante que audiência tão séria como essa”, avaliou.
Segundo a jornalista, a audiência do dia 20 era especial para tratar das ameaças que sofreu do ex-namorado. “Num único dia ele me ligou 105 vezes. Meus advogados trabalham para que a Justiça o veja como ele realmente foi comigo, um agressor covarde”, declarou. A apresentadora do “Cidade Alerta Goiás” se abriu também sobre a jornada que tem encarado para fazer com que Ricardo seja julgado, e como sua vida pessoal e profissional mudou depois de tudo.
“Eu sigo, nesse quase um ano, aguardando Justiça, confiando que a lei seja cumprida com seu devido rigor. Não está sendo fácil, sonho com a agressão, sofro demais quando trago no jornal a notícia de uma mulher agredida ou morta. Somente meus amigos do trabalho sabem que sofro de tremores ao vivo e até já me afastei por um bom tempo”, relatou. Silvye Alves desabafou que seu filho também sofre com as cicatrizes de tudo que assistiu naquele dia. “Minha maior dor foi ver meu filho presenciar tudo. Ele faz tratamento psicológico”, comentou brevemente.
Ainda na semana das agressões, Alves revelou nas redes sociais o grande prejuízo financeiro que teve ao pagar pelos atendimentos médicos que cuidaram de seus ferimentos. Agora, a jornalista revelou uma série de danos físicos irreversíveis. “Uma cicatriz acima da boca que preciso fazer tratamento mensal para baixá-la, pois ela sempre volta a ficar hipertrófica. Perdi um nervo sensitivo, pois na agressão ele foi partido ao meio. Infelizmente, a sensibilidade pode voltar com o tempo, mas não aconteceu… Não tenho mais salivação como antes, o que prejudica minha fala no jornal e deixa meus lábios sempre feridos, devido à sequidão. Já gastei muito com tratamentos físicos e psicológicos”, disse.