Estilista Tom Ford faz crítica afiada sobre estado atual do MET Gala, e cita fantasias de Katy Perry: “Costumava ser chique”

Estilista debochou dos looks do tapete vermelho do baile beneficente

Tretas no mundo fashion! Considerados um dos maiores estilistas da atualidade, Tom Ford figura entre os amigos mais próximos de Anna Wintour, atual editora-chefe da Vogue norte-americana. No entanto, a amizade da dupla não impediu que ele detonasse o “MET Gala”, baile organizado anualmente por Anna.

Em trecho de novo livro sobre Wintour, “Anna: The Biography”, publicado pela Time na segunda-feira (25), o estilista afirmou que o evento já não é mais tão aclamado ou chique quanto antigamente. “[O Met Gala] se transformou em uma festa à fantasia”, disse Ford à ex-editora da New York Magazine, Amy Odell.

“Antes, eram pessoas muito chiques vestindo roupas muito bonitas indo para uma exposição sobre o século 18”, continuou Tom, que serviu como presidente honorário do evento de 2021. “Você não precisava se parecer com o século 18, não precisava se vestir como um hambúrguer, não precisava chegar em uma van onde estava de pé porque não podia sentar porque estava vestido de lustre”, detonou ele, fazendo menções à edições anteriores do baile.

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Ambas as fantasias mencionadas por Ford foram utilizadas por Katy Perry. Em 2019, a cantora subiu os degraus do MET (Metropolitan Museum of Art) vestida como um candelabro enorme e em pleno funcionamento, com luzes e tudo. Já dentro do baile, a artista se transformou em um hambúrguer cravejado de pedras, o que rendeu muitos comentários na web.

Na ocasião, o tema era “Camp: Notes on Fashion”, inspirado pelo ensaio “Notes on Camp”, da escritora e filósofa americana Susan Sontag, A obra explora as origens da estética camp (que significa algo de mau gosto, muito artificial, exagerado, “cafona” ou “brega”) e como ela evoluiu de um lugar de marginalidade para se tornar uma influência importante na cultura pop. De fato, o tema rendeu alguns dos looks mais exagerados que o evento já viu, entre eles uma “performance” de seis minutos de Lady Gaga, que se despiu no tapete rosa do MET.

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Outro destaque foi a cintura finíssima de Kim Kardashian, devido ao espartilho extremo que usou por baixo do vestido assinado por Thierry Mugler. Em outro trecho do livro, Odell revelou que Wintour pediu repetidamente à amiga de longa data e ex-diretora da Vogue, Lisa Love, para instruir Kardashian a se sentar. No entanto, a socialite ficou de pé a noite toda, pois era fisicamente incapaz de se curvar (ou respirar).

Ford ainda confessou que “não compreende a comoção” com o evento, mas não negou que retornará como co-presidente honorário do baile beneficente do próximo mês. Este ano, o tema é da exposição “In America: An Anthology of Fashion” e explora o impacto e trajetória da moda nos Estados Unidos.