É cada uma… Após concluir sua passagem pelas Olimpíadas de Tóquio 2020/2021 sem nenhuma medalha, o surfista Gabriel Medina revelou, durante uma live feita na quarta-feira (4) em seu canal do Twitch, que apesar de voltar sua atenção completamente para o Circuito Mundial de Surfe (WCT), ele ficará de fora da última etapa da competição, que será realizada em Teahupoo, na Polinésia Francesa. O motivo para isso? O atleta não se vacinou contra a Covid-19.
O anúncio, é claro, gerou polêmica na web e revoltou muitos fãs do esporte, já que o Comitê Olímpico Brasileiro disponibilizou vacinas para todos os atletas que, a exemplo de Medina, disputaram os Jogos de Tóquio. A escolha de tomar ou não o imunizante coube a cada um dos esportistas e cerca de 90% dos atletas brasileiros que competiram no Japão receberam, ao menos, a primeira dose. Nos últimos dias, as redes sociais foram tomadas de críticas ao surfista e de uma pressão do público com de seus patrocinadores, o Banco Bradesco. A instituição financeira passou a ser cobrada por um posicionamento por apoiar o atleta.
Em vista da repercussão negativa de seu anúncio, o brasileiro, que já foi campeão mundial por duas vezes, utilizou suas redes nesta sexta-feira (6), para se pronunciar sobre a polêmica e, ainda, tentar justificar sua decisão. “Vacina salva vidas, galera! Foi um erro meu eu não ter conseguido encaixar a imunização na minha agenda de treinos pros desafios desse ano, focado no Campeonato Mundial. Mas em breve tomarei a minha”, escreveu ele. “Enquanto isso, sigo tomando todos os cuidados e seguindo os protocolos de segurança”, acrescentou. A mensagem foi compartilhada em todos os perfis oficiais do surfista.
— Gabriel Medina (@gabriel1medina) August 6, 2021
Vale lembrar que a vacina é um protocolo de segurança dos mais importantes! Temos de usar máscara, álcool em gel, cuidar do distanciamento social, mas não dá pra ficar sem se vacinar, né?! Vacinar significa proteger não só a sua própria vida, como também a vida dos demais!
Relembre o caso
Segundo Medina, por não ter sido imunizado, ele precisaria cumprir 10 dias de quarentena depois da etapa do México, que acontece entre os dias 10 e 19 de agosto, o que impossibilitou sua participação no WCT. “Eu não vou para Teahupoo porque não tomei a vacina, aí tem que fazer 10 dias de quarentena. Aí não dá tempo de ir do México para lá, porque é uma seguida da outra. Vou ser obrigado a não ir, sacanagem. Mas de boa”, declarou o atleta.
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A ausência na etapa de Teahupoo, que será entre os dias 24 de agosto e 3 de setembro, entretanto, não parece preocupar muito Gabriel, já que depois de seis etapas em sua busca pelo tricampeonato mundial, ele se mantém no primeiro lugar do ranking, com 46.720 pontos. A vantagem é de cerca de 13.000 pontos em relação ao segundo colocado na competição, o brasileiro e medalhista de ouro nas Olimpíadas de Tóquio, Ítalo Ferreira, que reuniu, até o momento, 33.555. A grande final da competição acontecerá em Lower Trestles, na Califórnia, também em setembro.