Está curtindo o recesso e procurando por um filminho pra maratonar? Pois então pode colocar “O Céu da Meia-Noite” na sua lista! O longa, que estreou hoje (23) na Netflix, é protagonizado e dirigido por ninguém menos que George Clooney… E é claro que o hugogloss.com não deixaria de bater um papo super especial com o elenco, né?!
Na trama, Clooney interpreta Augustine, um cientista que vive isolado no Ártico, como a última pessoa a habitar esse nosso mundo. Rodeado pela solidão, o protagonista ainda luta contra uma grave doença e enfrenta vários desafios para tentar impedir colegas astronautas – que saíram em busca de um novo planeta para viver – de voltarem para a Terra em meio a um misterioso desastre global. Intenso!
Apesar de se tratar de uma ficção, o tema abordado em “O Céu da Meia-Noite” conversa bastante com o mundo atual, se comparado às catástrofes ambientais e os impactos do homem no meio-ambiente. George, por sua vez, espera que consigamos reverter esse cenário quase apocalíptico. O astro acredita que o resultado da última eleição nos Estados Unidos, que elegeu Joe Biden, seja um dos primeiros indícios de que mudanças positivas estão a caminho.
“Eu vi uma grande mudança nos Estados Unidos nessa última eleição. Você sabe, quando você tem um presidente (Donald Trump) que chama a imprensa de inimigos do povo, e separa crianças dos seus pais por política… Os Estados Unidos frequentemente meio que lideram o caminho. Daí [outros países] apontam pros Estados Unidos e dizem: ‘Bom, ele (Trump) está fazendo isso, então eu posso fazer também'”, analisou.
“E, sabe, quando o autoritarismo se torna mais e mais prevalente, os Estados Unidos não estavam se posicionando contrariamente a isso, mas se posicionando junto disso… E nós nos afastamos disso. Eu acredito que nós estamos indo em uma direção melhor. Eu vejo algumas mudanças e alguns movimentos, e eu acho que vai se tornar cada vez mais difícil ter aquele tipo de atitude. Nós precisamos nos afastar da divisão e do ódio. Nós precisamos nos afastar disso”, completou, dizendo torcer para que o Brasil siga esses mesmos passos.
Além de atuar, o galã também dirigiu o filme, avaliado por ele como o trabalho mais difícil que já fez ao longo da carreira. Isso porque grande parte das cenas foi gravada na Islândia, sob temperaturas congelantes, enquanto outras, necessitaram muita técnica e efeitos especiais. “Como ator, a neve, essas coisas, foram ótimas, porque é fácil, te ajuda a reagir. Você quer temperatura ruim nesse sentido”, afirmou.
Já como diretor, a situação muda. “É um desafio, porque eu estava tentando segurar firme a câmera, estávamos tentando fazer sequências muito complicadas. O mais difícil pra mim foram (as cenas) no ‘espaço’, porque era muito mais sobre efeitos especiais e realidade virtual, e todas essas coisas com as quais não sou particularmente familiarizado. Eu precisei me educar bastante sobre isso. Tomou muito tempo e foi muito mais tedioso que vários trabalhos. Olha, para mim foi o trabalho de direção mais difícil que já fiz, e provavelmente o trabalho de atuação mais difícil que fiz também. Foi um desafio, mas o que você está fazendo se não for para se desafiar? É para ser desse jeito”, ponderou.
Em boa parte da produção, Clooney contracena com a pequena Caoilinn Springall, que nunca havia atuado antes e deu um show! “Ela chegou, leu [o roteiro] e foi espetacular de primeira. Ela nunca atuou antes, e simplesmente dificultou muito para o resto dos atores, porque ela fazia tudo em uma tomada! Ela foi perfeita, absolutamente todas as vezes! E ela escutava… isso tornou tudo tão fácil para nós. Nós tivemos um ótimo relacionamento, porque eu poderia simplesmente dizer ‘vai dali até lá, e quando você chegar lá, faça uma cara de assustada’ e ela dizia ‘entendi!’, então ela foi ótima… Ela é uma verdadeira profissional”, elogiou. Own!
Ainda no elenco do filme, temos Demián Bichir, Kyle Chandler, Felicity Jones e David Oyelowo, que vivem o quarteto de astronautas em missão no espaço. A atriz, por sua vez, descobriu que estava esperando o primeiro filho, durante as gravações! Diante disso, Clooney sugeriu que ao invés de tentarem esconder a barriguinha da colega, a gravidez fosse inserida na trama.
As cenas de Felicity também foram adaptadas devido aos cuidados com a gestação. “Eu estava falando para o George: ‘Sabe, eu fico muito feliz se a gente permanecer fazendo todas as cenas de ação que originalmente iríamos gravar’. Eu amo cordas, amo estar pendurada numa corda, e ele muito prontamente falou: ‘Hum, não, eu prefiro que não! Eu acho que o máximo que quero você acima do chão é aproximadamente meio metro’. (risos) Então eu tive a sorte de ficar sentada em um assento confortável e acolchoado, enquanto eu assistia a todos os outros fazendo coisas extremas e com um trabalho físico bastante árduo”, lembrou ela, aos risos.
Oyelowo, que interpreta o pai da criança no longa, lançou mão de uma importante reflexão: “No filme, você vê erros que nós cometemos como humanidade, e… para ser honesto, alguns deles, nós temos a chance de consertar, e alguns, nós não temos. E isso por si só é uma história de alerta. Com essa pandemia, estamos lidando com algo impensável, nós nunca imaginamos que o mundo iria ser parado dessa forma, e eu realmente espero que tanto o filme, em uma escala menor, quanto a pandemia, em uma escala muito maior, nos mostrem que nós não somos impermeáveis. Nós não somos indestrutíveis”.
Bom, por aqui, já assistimos ao filme e recomendamos! Até porque, quem não quer ver George Clooney por belas duas horinhas, né?! Kkkk Confira na íntegra nossa entrevista com o elenco de “O Céu da Meia-Noite”: