Em junho, o Brasil recebeu uma visita para lá de especial: David Corenswet e Rachel Brosnahan, os novos intérpretes de Clark Kent e Lois Lane! Ao lado do diretor e CEO da DC Studios, James Gunn — o lendário “cabeça branca” —, o trio veio divulgar um dos filmes mais aguardados do ano: “Superman“. Em conversa exclusiva com Bruno Rocha, o Hugo Gloss, eles revelaram detalhes sobre a nova visão do herói e os bastidores da superprodução que promete redefinir o universo cinematográfico da DC.
Faltando menos de uma semana para a estreia, a trama ainda está cercada de mistério. O que se sabe é que o novo Superman (Corenswet) não será apenas Clark, o repórter nerd do Daily Planet… ele também embarcará em uma jornada profunda para conciliar suas origens kryptonianas com a criação humana que moldou seus valores.
Com cenas de ação eletrizantes em Metrópolis e na icônica Fortaleza da Solidão, o filme mostrará o herói dividindo-se entre salvar o mundo de vilões superpoderosos, sua rivalidade de longa data com Lex Luthor (Nicholas Hoult) e a afiada dinâmica com a namorada, a jornalista Lois Lane (Brosnahan). Tudo isso promete conquistar o público. Confira o trailer abaixo:
Com personagens tão icônicos e queridos pelo público, “Superman” retorna às telonas com uma grande missão: redefinir o herói da capa vermelha, sem deixar de honrar os que vieram antes dele. David Corenswet assume o manto diretamente das mãos de Henry Cavill — ator britânico que viveu o kryptoniano por nove anos, desde sua estreia em “O Homem de Aço” (2013), até uma participação especial em “Adão Negro” (2022), que marcou o fim de sua era.
Antes de Corenswet, nomes como Christopher Reeve, Tom Welling e Tyler Hoechlin também deixaram sua marca na história do Superman e, claro, de Lois Lane, sua parceira inseparável. Durante a entrevista, David e Rachel foram questionados se buscaram conselhos com os antigos intérpretes ou se optaram por construir versões próprias dos personagens.
A resposta de Corenswet trouxe uma surpresa fofa envolvendo os dois Supermen mais recentes: Cavill e Hoechlin. “Bem, eu não falei com nenhum dos atores que interpretaram o Superman diretamente, mas eu recebi e respondi a uma mensagem adorável escrita pra mim pelo Henry Cavill”, contou Corenswet.
Ele completou: “Eu escrevi e também recebi uma linda mensagem de e para o Tyler Hoechlin, que interpretou Superman e Clark na série que acabou de terminar. Então estive em contato com eles, mas ainda não tive a chance de sentar e ter uma conversa de verdade. Espero que possamos fazer isso em breve. (…) Eu sei que, às vezes, eles se encontram em convenções e tudo mais, e seria divertido fazer isso”.

Assim como o colega de elenco, Brosnahan — conhecida por seu papel premiado como “The Marvelous Mrs. Maisel” — também tem um desafio à altura: interpretar Lois Lane, papel já eternizado por atrizes como Teri Hatcher, Margot Kidder, Erica Durance, Bitsie Tulloch e Amy Adams.
Questionada sobre sua versão mais atualizada da personagem, Rachel refletiu: “Eu sinto que sempre que novos atores entram nesses papéis icônicos, claro que são um pouco diferentes dos anteriores, mas tudo começa com um bom roteiro. E eu… quer dizer, eu sinto que Lois sempre foi isso, alguém que faria quase qualquer coisa por uma boa história, que tem esse foco incrível e uma ambição intensa. E estou animada para que as pessoas vejam ela em ação como jornalista neste filme”.

A polêmica da sunga vermelha (sim, ela está de volta!)
Tão importante quanto encontrar os intérpretes certos, era também acertar no figurino. Nisso, James Gunn fez questão de se distanciar da abordagem mais sombria de Zack Snyder. Nesta nova fase, o uniforme do Superman aposta em cores vibrantes, botas vermelhas, a clássica capa… e o retorno da polêmica sunga vermelha.
Nos bastidores, a peça virou tema de debate entre diretor e ator. Corenswet relembrou: “Acho que a volta da sunga foi um dos primeiros momentos durante as primeiras provas de figurino… Foi uma das primeiras vezes em que o James meio que olhou pra mim e disse: ‘O que você acha?’. E eu era a favor da sunga, em teoria, e acho que o James também era. Mas a questão era encontrar uma razão pra isso, entender por que ela está de volta, para que tivesse uma justificativa pra isso”.
A peça acabou suavizando a imagem do herói quase divino, ajudando a torná-lo mais humano e acessível. “O Superman quer parecer acessível e como se não se levasse tão a sério. Apesar de ser o super-herói mais poderoso do pedaço, e de poder lançar raios pelos olhos e, sabe, voar pelo céu em velocidade máxima. Esse pequeno toque de bobeira, de infantilidade que permite que ele pareça mais acessível foi importante”, destacou.
Ele ainda explicou os desafios técnicos por trás da roupa: “O traje é uma façanha de engenharia. Eles são feitos do zero, levam muitos meses e várias provas. E precisam ter um certo visual e contar uma certa história visualmente. Mas também precisam funcionar de uma certa maneira. Os desafios de fazer com que ele parecesse como queríamos e também se movesse como precisava nas sequências de voo e luta superdinâmicas foram desafios que enfrentamos durante todo o processo”.

O recomeço de um universo
Servindo como ponto de partida para uma nova era da DC nos cinemas, “Superman” é o grande projeto de confiança de James Gunn. Assim como os criadores originais do herói, Jerry Siegel e Joe Shuster, o diretor entende o papel simbólico do kryptoniano na cultura pop — não só como o primeiro super-herói dos quadrinhos, mas como símbolo de valores atemporais.
“Uma das coisas que sempre foi verdade sobre o Superman, mas que acho que está especialmente presente neste filme, é essa pergunta sobre o que significa ser humano. O que é que nos torna humanos? Isso sempre esteve no centro do Superman. É um dos motivos pelos quais sinto que esse personagem resistiu ao tempo”, disse o diretor.
Gunn ressaltou a importância do longa no momento atual da sociedade: “Sabemos, obviamente, desde sempre, que não vivemos num mundo onde heróis como o Superman existem. Mas filmes como esse são inspiradores porque mostram o poder da coragem, da lealdade, da comunidade, e dessa força interior que todos nós temos dentro de nós… e que vale a pena lutar por ela. E isso é algo que poderíamos usar um pouco mais agora”.

“Superman” estreia nos cinemas no dia 10 de julho. A entrevista completa com David Corenswet, Rachel Brosnahan e James Gunn você confere aqui:
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