A briga judicial de Britney Spears pelo fim de sua tutela teve mais uma audiência nesta quarta-feira (7). Entretanto, de acordo com o TMZ, um momento em questão chamou atenção. Quando questionado pelo juiz, o advogado da cantora comparou o estado da estrela ao de uma pessoa em coma.
Tudo ocorria naturalmente, até que o juiz do caso começou a questionar se Britney gostaria de ter um co-tutor para seu patrimônio, para trabalhar em parceria com o pai dela, Jamie Spears. Então, o advogado da diva, Sam Ingham, expressou os sentimentos da artista quanto à tutela, afirmando que ela não pretende voltar a se apresentar novamente, enquanto seu pai gostaria que ela continuasse sua carreira.
Neste momento, o juiz e o advogado entraram em uma discussão, com o magistrado alegando que isso poderia ser um “inadmissível” testemunho indireto por parte da defesa de Britney. Ele criticou o fato de não ter sido a própria estrela quem expôs esse fator importante. Então, o juiz quis saber se a cantora poderia assinar uma declaração em primeira pessoa, para que ela mesma expressasse sua opinião.
Segundo o TMZ, em resposta ao questionamento, o advogado afirmou que Britney não teria a capacidade de assinar a declaração, comparando sua condição a de um paciente em coma. O site reforça que ele não quis dizer que ela estava em coma, mas apenas usou a expressão como uma maneira de mostrar que ela não teria condições de assinar um documento. Com sua linha de raciocínio, Ingham ainda argumentou que até pacientes comatosos conseguem que seus advogados falem por eles.
A declaração deu início a uma nova discussão no julgamento, em que o juiz e os advogados começaram a debater se o testemunho indireto seria aceitável neste caso. Contudo, o magistrado responsável postergou a discussão para uma próxima ocasião. Enquanto isso, o movimento #FreeBritney segue fazendo pressão nas redes sociais, para que a diva seja liberta desse acordo que há anos toma conta de sua vida pessoal e profissional.
Entenda o caso da tutela de Britney
Em 2008, Britney Spears passou a viver sob tutela gerenciada por seu pai, Jamie Spears, e desde então a estrela não tem mais controle sobre sua própria trajetória. Em setembro do ano passado, um juiz nomeou a gestora Jodi Montgomery como tutora temporária da artista, depois que seu pai deixou o cargo, alegando “razões pessoais de saúde”.
Nos Estados Unidos, o status de tutela é decretado por um tribunal para pessoas incapazes de tomar decisões por si mesmas. No caso da cantora, ela passou por um período conturbado em 2007, devido ao descontrole do uso de substâncias ilegais e bebidas alcoólicas, tendo como resultado diversos problemas na justiça, principalmente em relação à guarda dos filhos.
Em maio deste ano, a tutela de Britney foi estendida até o final de agosto. Os documentos do tribunal, obtidos pela revista americana “Us Weekly”, afirmaram que a gestora Jodi Montgomery foi autorizada a seguir seu papel até 22 de agosto. Britney, por sua vez, “expressou que não quer trabalhar novamente, porque não quer continuar a se manter essencialmente sob a tutela”.
Assim, o movimento #FreeBritney tomou força nas redes sociais nos últimos tempos, graças à crescente preocupação dos fãs com o bem-estar da popstar. Em agosto, o pai de Britney Spears se manifestou pela primeira vez sobre o #FreeBritney.
A equipe jurídica da cantora ainda citou e avaliou a pressão dos fãs no caso: “Longe de ser uma teoria de conspiração ou uma ‘piada’, como James disse à mídia, em grande parte, esse escrutínio é um resultado razoável e até mesmo previsível do uso agressivo de James do procedimento de segredo de justiça ao longo dos anos, para minimizar a quantidade de informações significativas disponíveis para o público”.
Os advogados de Britney também anexaram um artigo sobre o movimento “Free Britney”, afirmando que a diva está buscando alguma forma de retomar a autonomia da sua vida. “[Britney] recebe bem e aprecia o apoio embasado dos muitos fãs dela”, concluíram.