Em novembro de 2019, a atriz Marisa Orth – mais conhecida por seu papel como Magda em “Sai de Baixo” – foi vítima de um golpe no qual sofreu um prejuízo de R$25 mil. Quatro anos depois do caso, nesta quarta-feira (16), os suspeitos – o casal Keila Bazilio, de 29 anos, e Diogo Giovanni Almeida Santos, de 30 – foram condenados por estelionato. As informações são do colunista Rogério Gentile, do UOL.
Os autos do processo apontam que o golpe aconteceu enquanto Marisa estava a caminho do aeroporto, quando recebeu uma ligação de um suposto representante de seu banco. A mulher se identificou como Tatiane e alegou que transações irregulares haviam sido realizadas no cartão de crédito da atriz.
Além de orientá-la a inutilizá-lo, a mulher também instruiu Orth a dobrar o cartão e entregá-lo a um mensageiro do banco, que iria até sua residência para buscá-lo. Marisa deveria, ainda, escrever uma declaração de próprio punho para acompanhar o cartão.
O veículo revelou que, em meio à pressa para seguir viagem, a artista teria deixado o envelope com todos os documentos com uma auxiliar, que entregou tudo ao suposto portador do banco. Orth só se deu conta do golpe horas mais tarde, quando notou um prejuízo de aproximadamente R$ 25 mil (o valor foi atualizado devido a inflação).
De posse do cartão, os golpistas teriam feito saques, compras e outras transações bancárias. Eles conseguiram, ainda, retardar o cancelamento do cartão, bloqueando o celular da atriz na operadora, alegando que o aparelho havia sido roubado.
Após denúncia, a investigação apontou quem seriam os responsáveis pelo crime. Entretanto, o casal só foi a julgamento em 2023, quatro anos depois do golpe. Segundo a decisão da juíza Ana Cláudia dos Santos Sillas, da 26ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, Keila e Diogo deveriam ter pena de um ano de reclusão em regime aberto. No entanto, a condenação foi substituída pelo pagamento de um salário mínimo cada a uma instituição beneficente.
A advogada Rafaela Steinmeyer, responsável pela defesa do casal, alegou que a denúncia feita pelo Ministério Público não ofereceu provas do seu envolvimento. “Não há como acusar ou condenar um indivíduo através de meras especulações”, disse ela no processo. Bazilio e Santos ainda podem recorrer da sentença na Justiça.
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