Após a revoltante morte de Miguel Otávio, Valesca Popozuda resolveu se manifestar. Nesta quinta (04), a cantora reagiu aos questionamentos de internautas sobre a atitude da mãe da criança, Mirtes Souza, que teve de deixar seu filho aos cuidados da patroa, Sarí Côrte Real. O descaso da empregadora levou o menino a cair do nono andar de um prédio, em Recife, e ela responde em liberdade — após pagar uma fiança de R$ 20 mil — à acusação de homicídio culposo.
Pelo Twitter, Valesca recordou sua infância, quando sua mãe também trabalhava como funcionária doméstica e, assim como a mãe de Miguel, também precisava levá-la consigo ao trabalho. “Quando eu vejo pessoas argumentando por que a mãe do Miguel levou ele, eu lembro da minha mãe que não tinha com quem me deixar, ela precisava me levar, e eu ajudava minha mãe com 8 anos a fazer faxina pra que ninguém reclamasse que eu estava lá”, contou.
Quando eu vejo pessoas argumentando porque a mãe do Miguel levou ele, eu lembro da minha mãe que não tinha com quem me deixar, ela precisava me levar, e eu ajudava minha mãe com 8 anos a fazer faxina pra que ninguém reclamasse que eu estava lá.
— Valesca Popozuda #Furduncinho (@ValescaOficial) June 5, 2020
Valesca ainda se lembrou de situações degradantes que já viveu por conta de uma antiga chefe de sua mãe. “Tem um trecho do meu livro que eu conto quando minha mãe era doméstica e precisava me levar com ela, era o único momento do dia que a gente tinha a refeição. E um dia uma ex-patroa dela reclamou que minha mãe iria fazer dois pratos, naquele dia minha mãe não almoçou, apenas eu almocei”, citou ela sobre o sacrifício feito por dona Regina.
Tem um trecho do meu livro q eu conto quando minha mãe era doméstica e precisava me levar com ela, era o único momento do dia q a gente tinha a refeição, e um dia uma ex patroa dela RECLAMOU q minha mae iria fazer 2 pratos, naquele dia minha mãe não almoçou, apenas eu almocei…
— Valesca Popozuda #Furduncinho (@ValescaOficial) June 5, 2020
Com a fama e sua carreira musical, a dona do “Beijinho no Ombro” proporcionou uma vida mais confortável para a mãe, que tanto lutou por ela. “Quando eu fiz sucesso, e pude tirar minha mãe da casa dos outros eu tirei, e falei pra ela: A partir de hoje a senhora não trabalha mais pra ninguém, não precisa mais disso! Graças a Deus até hoje consigo manter ela em casa, agora ela tá se curando de um câncer e eu cuido dela”, declarou.
Quando eu fiz sucesso, e pude tirar minha mãe da casa dos outros eu tirei, falei pra ela: Apartir de hoje a senhora não trabalha mais pra ninguém, não precisa mais disso! Graças a Deus até hoje consigo manter ela em casa, agora ela tá se curando de um câncer e eu cuido dela❤️
— Valesca Popozuda #Furduncinho (@ValescaOficial) June 5, 2020
A história de Valesca e sua mãe lembra e muito a realidade do pequeno Miguel Otávio e de Mirtes Souza. Nesta sexta (05), a mãe do garoto esteve no “Encontro” e emocionou Fátima Bernardes ao falar sobre sua vida com o filho. “Era uma criança extremamente feliz. Eu fazia de tudo pra que ele fosse feliz. Dava o suporte básico a ele, educação, saúde e dava até um pouco mais, de acordo com as minhas condições financeiras. O que eu podia dar, eu dava. Às vezes eu deixava faltar a mim, pra dar pra ele”, afirmou.
Durante sua entrevista, Mirtes lamentou a atitude de Sarí. “Aquilo doeu tanto, eu perdi o meu filho por falta de paciência. Eu tinha tanta paciência com os filhos dela, ela confiava os filhos dela de olhos fechados a mim e a minha mãe, que trabalhava pra ela. Ela confiava totalmente na gente. Por uma questão nem de 10 minutos, ela não teve paciência com o meu filho. E não tirou meu filho daquele elevador e ainda apertou o botão pra ele ir lá pra cima”, desabafou ela.
Na conversa com Fátima, a mãe de Miguel pediu por orações, prometeu que fará o possível para conseguir fazer Justiça no caso do filho, e ainda recordou acontecimentos do dia em que o garoto perdeu a vida. Vem assistir e saber todos os detalhes, clicando aqui.