Declarações inéditas do assassino de John Lennon são divulgadas, e criminoso explica por que tirou a vida do músico

Mark Chapman fez os comentários a um conselho de liberdade condicional quando teve seu pedido negado pela 12ª vez

John Lennon E Mark Chapman

O homem que matou John Lennon, Mark David Chapman, teria dito às autoridades do estado de Nova York durante uma audiência que sabia que matar o lendário co-líder dos Beatles era errado, de acordo com uma transcrição divulgada ao Associated Press na segunda-feira (7). O assassino afirmou que ele buscava a fama e tinha “o mal em seu coração”, quando atirou no cantor do lado de fora de seu prédio em 1980.

Mark, agora com 67 anos, fez os comentários em agosto a um conselho judicial enquanto tentava garantir sua liberdade condicional pela 12ª vez. O pedido foi negado novamente e os responsáveis citam o “desrespeito egoísta de Chapman pela vida humana de consequências globais”.

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Na transcrição divulgada pelas autoridades estaduais, o homem disse que a decisão de matar Lennon foi sua “grande resposta para tudo”. “Eu não seria mais ninguém”, relatou o criminoso. “Não vou culpar mais nada ou ninguém por me trazer até lá”, disse Chapman ao conselho. “Eu sabia o que estava fazendo e sabia que era mau, sabia que era errado, mas queria tanto a fama que estava disposto a dar tudo e tirar uma vida humana”, acrescentou.

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Até hoje os fãs fazem homenagens para o cantor nas proximidades de sua antiga residência (Foto: Getty)

Chapman matou Lennon na noite de 8 de dezembro de 1980, quando ele e Yoko Ono estavam voltando para seu apartamento no Upper West Side. O ex-Beatle tinha 40 anos. Mais cedo naquele dia, John havia assinado um autógrafo para seu assassino em uma cópia do álbum recém-lançado, “Double Fantasy”. “Isso foi o mal em meu coração. Eu queria ser alguém e nada iria impedir isso”, detalhou.

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Há 20 anos, Mark foi condenado à prisão perpétua e está cumprindo a sentença no Green Haven Correctional Facility, no Hudson Valley, também em Nova York. Em todas as suas tentativas de pedir a liberdade condicional, ele expressou remorso repetidamente. “Eu machuquei muitas pessoas em todo lugar e se alguém quer me odiar, tudo bem, eu entendo”, confessou na última sessão, no dia 31 de agosto.

Ao negar sua liberdade, o conselho mencionou que a ação de Chapman deixou “o mundo se recuperando do vazio que ele criou”. Depois da última recusa, o detento poderá apelar por uma nova tentativa em fevereiro de 2024.

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Faixada do Edifício Dakota, onde Lennon foi assassinado (Foto: Getty)

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Chapman matou John com quatro tiro nas costas. Ele comprou a arma três meses antes do tiroteio. O caso da morte do cantor foi retratado no filme “Capítulo 27 – O Assassinato de John Lennon”. O drama, protagonizado por Jared Leto, reconstrói passo a passo dos acontecimentos que levaram à deterioração do estado mental de Mark até ele cometer o crime.

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Jared Leto interpretou Mark Chapman no filme “Capítulo 27”. (Foto: Reprodução/Peace Arch Entertainment)

Nos últimos anos, Yoko Ono prestou homenagem ao seu falecido marido nas redes sociais, compartilhando estatísticas de violência armada. “Mais de 1,5 milhão de pessoas foram mortas por armas de fogo nos EUA desde que John Lennon foi baleado e morto em 8 de dezembro de 1980”, escreveu em suas redes sociais.

O pedido de Chapman veio pouco tempo depois de John Hinckley Jr., que tentou matar o presidente Ronald Reagan em 1981, garantir sua liberdade em junho deste ano. A área jurídica e de saúde mental explicou que Hinckley foi absolvido por apresentar traços de insanidade.

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