[Alerta Gatilho] Prestes a revelar mais faces da terrível overdose que sofreu em 2018, Demi Lovato abriu o coração em entrevista ao “The New York Times”. Dias antes da estreia de sua série documental, “Dancing With the Devil”, a cantora falou ao jornal sobre algumas dessas experiências que viveu. Além disso, a publicação antecipou revelações chocantes que a produção trará.
Segundo o jornal, a série está repleta de “admissões” surpreendentes da artista, como a de que ela sofreu abuso por parte do traficante de drogas que forneceu os entorpecentes de sua overdose. “A overdose dela veio após seis anos de sobriedade. […] Ela causou três derrames, um ataque cardíaco e uma falência de órgãos. Ela teve pneumonia por se asfixiar no próprio vômito; sofreu abalos cerebrais por causa dos derrames e ainda tem problemas na visão. […] O traficante que lhe trouxe a heroína naquela noite abusou dela sexualmente, depois a deixou à beira da morte”, escreveu o Times, sobre tudo o que a produção deve mostrar.
Em sua entrevista, Demi falou sobre essas sequelas na visão, que até hoje a impedem de dirigir e causam efeitos como os de “manchas solares”. “Foi interessante como eu me adaptei. Eu não dei tempo a mim mesma para me sentir triste por isso. Eu só estava tipo: ‘Como eu conserto isso?'”, explicou ela. A cantora levou cerca de dois meses para recuperar a visão a ponto de conseguir enxergar e ler um livro.
Demi também contou que, enquanto estava numa clínica de reabilitação, durante sua recuperação após a overdose, ela assistiu a um documentário sobre Amy Winehouse. O longa “Amy” a fez entender mais sobre a estrela, mas também sobre sua própria relação com os “lovatics”. “Eu admirei e valorizei sua vulnerabilidade e transparência com o público, porque isso criou aquela conexão que eu sentia por ela”, disse. “E é basicamente isso que meus fãs sentem por mim”, completou.
Demi também confessou que não está totalmente sóbria há algum tempo, mas que tenta encontrar algum equilíbrio. A cantora tem se permitido usar álcool e maconha com moderação. “Eu não tenho ficado sóbria ao pé da letra desde o verão [norte-americano] de 2019. Eu percebi que se eu não permitir uma flexibilidade, eu vou para as [palavrão censurado] pesadas. E isso seria a minha morte”, admitiu.
Apesar disso, ela reconhece firmemente que isso “não é para todo mundo”, e que a confissão de sua decisão pode lhe trazer um “contragolpe”. “Ao me permitir comer uma pizza, eu encontrei liberdade no meu distúrbio alimentar… Mas era tão ‘tudo ou nada’ e tão dogmático com a sobriedade que eu estava tipo, eu não sei como viver em um total equilíbrio na minha vida”, mencionou ela.
O rompimento do noivado com Max Ehrich, no ano passado, também foi abordado durante a franca conversa. “Eu sinto como se eu tivesse me esquivado de uma bala, porque eu não teria vivido a minha verdade pelo resto da vida se eu tivesse me confinado naquela caixa da heteronormatividade e da monogamia. E precisei chegar tão perto daquilo para me abalar e ficar tipo, uau, você realmente precisa viver a vida por quem você realmente é”, justificou Lovato.
Diante de tantas mudanças em sua vida, Demi Lovato refletiu sobre sua jornada até aqui: “Estou pronta para me sentir eu mesma… Estou finalmente sendo honesta comigo mesma”. O primeiro episódio de sua série documental, “Dancing With the Devil”, estreia em 23 de março no YouTube, trazendo ainda mais relatos fortes da estrela. Enquanto isso não chega, confira as principais revelações da prévia, clicando aqui, ou assista ao trailer abaixo: