Na mesma semana em que a cinebiografia da banda Queen, “Bohemian Rhapsody”, recebeu cinco indicações ao Oscar 2019, mais um polêmica envolvendo o diretor Bryan Singer ganhou os jornais. Uma reportagem do The Atlantic publicada nesta quarta (23) traz depoimentos de quatro homens que acusam Singer de tê-los abusado sexualmente quando ainda eram menores de idade.
Uma das vítimas, Victor Valdovinos, diz que tinha 13 anos de idade e trabalhava como figurante no filme “O Aprendiz” (1998), cujas gravações aconteceram na escola em que ele estudava, quando Singer acariciou suas genitais. Segundo Valdovinos, em mais de uma ocasião, o diretor “segurou minhas genitais e começou a me masturbar” em um vestiário, “com um sorriso no rosto”.
Os outros três homens que acusam Singer de abuso sexual alegam que foram seduzidos pelo diretor em sua mansão em Beverly Hills no final dos anos 90. De acordo com o The Atlantic, um diz ter feito sexo com o Bryan Singer quando tinha 15 anos, enquanto outro teria 17 anos na época. O terceiro homem diz que fez sexo oral com o diretor quando tinha 17 ou 18 anos. Ele preferiram não revelar suas identidades e foram tratados por nomes falsos na reportagem.
Conhecido por dirigir vários filmes dos “X-Men”, Bryan criticou o jornal. “É triste que o The Atlantic aceite um nível tão baixo de integridade jornalística. Novamente, sou forçado a reiterar que essa reportagem requenta acusações feitas em processos mentirosos por pessoas dispostas a mentir por dinheiro ou atenção. E não me surpreende que, com ‘Bohemian Rhapsody’ se tornando um hit premiado, esse artigo homofóbico de difamação tenha saído em um período bem conveniente para tirar vantagem de seu sucesso”, disse.
Essa não é a primeira vez que ele é acusado de abuso sexual infantil. Em 2014, um modelo entrou com um processo alegando que o diretor o forçava a fazer sexo com ele em festas no Havaí, também nos anos 90. Singer apresentou provas de que não estava no Havaí na época citada e o processo foi arquivado. No mesmo ano, mais um homem alegou que foi abusado sexualmente por Singer, mas o processo não foi adiante. Em 2017, Cesar Sanchez-Guzman processou Singer alegando que ele havia o estuprado num iate em 2003 — o caso ainda não foi resolvido.
Em 2017, Bryan Singer foi demitido durante as gravações de “Bohemian Rhapsody” depois de sumir por vários dias sem dar explicações. Ainda assim, ele continuou sendo creditado como diretor do longa. Nesta semana, o protagonista do filme, Rami Malek, se pronunciou sobre as acusações contra Bryan e disse que não sabia de nada na época em que aceitou gravar o longa.
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