No último domingo (11), vídeos de Iverson de Souza Araújo, mais conhecido como DJ Ivis, agredindo a ex-esposa, Pamella Holanda, vieram à tona e chocaram o país. Em um dos registros, outro homem aparece, e não faz nada diante da cena, o que deixou muita gente ainda mais indignada. Trata-se de Charles Barbosa de Oliveira, que trabalha como motorista do músico.
De acordo com o jornal Brasil Urgente, da Band, o funcionário confirmou as agressões em depoimento prestado à polícia nessa terça (13). Antes de deixar a delegacia, o advogado da testemunha afirmou que Oliveira não tentou impedir os ataques de Ivis por ter ficado surpreso com a situação. “Charles ficou completamente sem reação, primeira vez que ele tinha presenciado uma situação dessa natureza”, declarou. Entretanto, áudios obtidos por Leo Dias, do jornal Metrópoles, na segunda-feira (12), apontam o contrário.
As agressões não seriam novidade para Charles, que nos registros de voz comentou brevemente sobre dois outros casos envolvendo Ivis e Pamella, ocorridos entre janeiro e fevereiro deste ano. “Uma coisa que eu digo a você sem medo de errar… Se não fosse primeiramente Deus e eu, de fevereiro para cá alguém já tinha morrido“, afirmou o motorista. Assista:
Ainda nas mensagens, Oliveira relatou o uso de um tesoura por parte do DJ em uma das brigas com Holanda e disse ter impedido consequências mais severas: “Agora é fácil apontar, falar que eu nunca fiz nada e fui omisso. E das vezes que eu me meti? E tesoura que eu tomei? E faca que eu tomei? E objeto que eu não deixei jogarem um no outro?”. A defesa de Charles – que é a mesma de Ivis – deu respostas confusas e não confirmou a história. “O DJ nunca esteve com uma tesoura no sentido de agredi-la. Isso aí não existe”, finalizou.
Confira as declarações de Charles na íntegra:
Relembre o caso
No domingo (11), o nome do DJ Ivis ficou entre os assuntos mais comentados da internet, após vir à tona vídeos dele agredindo violentamente sua esposa, Pamella Gomes de Holanda, na frente da filha deles, Mel, um bebê de apenas nove meses. De acordo com informações do jornalista Leo Dias, do jornal Metrópoles, as gravações foram feitas no dia 1º de julho. No dia seguinte, ele teria repetido a agressão, após ameaçá-la com uma faca e, durante o embate físico, ter quebrado o telefone da mulher.
Ainda segundo os relatos divulgados por Dias, Pamella só conseguiu chamar a polícia com a ajuda do chefe de segurança do condomínio em que ela e o DJ moram, na Grande Fortaleza. Os dois foram encaminhados à delegacia metropolitana de Eusébio, no Ceará. Enquanto Ivis recebeu apoio de sua equipe de advogados, Pamella permaneceu no local sozinha. Com medo de alguma retaliação, ela foi embora sem fazer o exame de corpo de delito e terminar seu depoimento.
[Atenção! Imagens fortes!]
https://twitter.com/choquei/status/1414329398766055425?s=20
As informações ainda constam que os oficiais foram atrás de Holanda, e ela confessou estar com medo de ser agredida mais uma vez, solicitou que eles apenas retirassem Ivis de casa e o impedissem de chegar perto dela – pedido que foi atendido pela equipe policial. No dia seguinte, Pamella entrou em contato com a polícia — agora com o apoio necessário numa situação delicada como essa —, pois desejava fazer os trâmites que pudessem dar prisão ao marido. Mas, apesar da realização dos procedimentos, a denúncia contra DJ Ivis já não se configurava como flagrante.
Após o episódio no dia 4 de julho, a Justiça do Ceará emitiu uma medida protetiva em caráter de urgência à favor de Pamella e de sua filha, Mel, de apenas nove meses. Instruído por seus advogados, Ivis retirou todos os seus pertences de casa, inclusive todo o dinheiro guardado, deixando a mulher sem recursos financeiros – apenas com R$ 8 na conta e sem telefone celular. As informações divulgadas pelo jornal Metrópoles foram confirmadas por Pamella Holanda e pessoas próximas à família, que revelaram, ainda, que esse não foi o primeiro ataque à jovem.
[Atenção! Imagens fortes!]
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