Um mês depois do lançamento de “Leaving Neverland”, polêmico documentário da HBO que reúne depoimentos de duas supostas vítimas de abusos sexuais cometidos pelo cantor Michael Jackson durante suas infâncias e pré-adolescências, a família Jackson lançou “Neverland Firsthand: Investigating the Michael Jackson documentary” que tem como objetivo preservar a imagem e o legado do rei do pop e refutar todas as acusações feitas contra ele.
Dirigido por Eli Pedraza e lançado no YouTube, o documentário que em tradução livre significa “Neverland em primeira mão: investigando o documentário de Michael Jackson”, conversa com os sobrinhos de Michael, Taj Jackson e Brandi Jackson, além do seu diretor técnico, Brad Sundberg. O profissional participa do mini-documentário de 30 minutos contando como era a rotina dentro de Neverland, uma vez que durante toda sua trajetória ele estava presente no rancho frequentemente. “Nem em um milhão de anos eu vi uma criança perto de Michael Jackson que parecia ter sido assediada, magoada, abusada. [Neverland] era um lugar tão pacífico, seguro e divertido“, contou Sundberg ao produtor Liam McEwan.
Os depoimentos de Brandi são ainda mais polêmicos, uma vez que ela afirma ter namorado durante sete anos com Wade Robson, uma das supostas vítimas que aparecem em “Leaving Neverland”. “Ele sempre foi um oportunista, sabe como se posicionar em situações diferentes que irão beneficiá-lo financeiramente. Ele está dizendo que esteve em um relacionamento com meu tio, que eles estavam apaixonados e que eles estavam tendo um relacionamento. Ele está dizendo que meu tio o manteve longe das mulheres, o que não é verdade. Nós estávamos justamente falando sobre como meu tio nos uniu. Isso desacreditaria as coisas que ele está tentando dizer, e acho fascinante que ele ache que é capaz de apagar 10 anos de sua vida“, relata.
A declaração foi rebatida prontamente por Wade que enviou um comunicado à Billboard, por meio dos seus advogados. “A senhora Jackson não estava com Wade e Michael Jackson quando o abuso sexual ocorreu e, como tal, ela não tem nada relevante a dizer sobre o assunto”, pontua o comunicado.
Taj Jackson reforça a índole do tio ao afirmar que: “Quando você tem uma certa gentileza, as pessoas se aproveitam disso“. Desde o início, quando foi divulgado as intenções do documentário, a família Jackson se manifestou contra e tomou todas as atitudes cabíveis. Segundo a revista People, eles entraram com uma ação no valor de US$ 100 milhões contra a HBO, que estaria quebrando uma cláusula de não depreciação de um contrato de 1992, assinado devido um show televisionado naquele ano, onde a HBO concordou em não falar mal de Jackson.
Desde que “Leaving Neverland” foi lançado com os depoimentos em detalhes gráficos dos supostos abusos contra Wade Robson e James Safechuck, houve uma série de troca de farpas e acusações entre a família Jackson protegendo o falecido artista e as pessoas envolvidas no documentário, como o diretor, supostas vítimas e suas famílias. A defesa de Michael apontou diversas inconsistências e seu espólio chegou a divulgar uma declaração afirmando que o documentário era um “tipo de assassinato de um personagem dos tabloides que Michael Jackson sofreu na vida, e agora na morte“.
Assista ao documentário lançado pela família do astro:
Lembrando que, enquanto vivo, Michael Jackson respondeu processos ligados a esse tipo de denúncia duas vezes, alegando ser inocente, sendo que, o último processo em 2005, foi inocentado pelo júri.