Capa da mais recente edição da Glamour norte-americana, a cantora Halsey soltou o verbo sobre a fama e sua vida pessoal. Ela também contou um detalhe maravilhoso sobre a parceria que existe entre novas artistas: “Eu vou dizer uma coisa sobre artistas da minha geração: nós não estamos aceitando desaforo. Lorde, Ariana… se você abrir qualquer uma das nossas mensagens de texto, nós estamos simplesmente dizendo: “Ei, amo a sua nova música. Quando você vai sair em turnê?. Nós nos apoiamos muito”. Maravilhosas, né?
A revista conversou com a cantora sobre os problemas que ela enfrentou quando era mais nova. Aos 17 anos, Halsey passou quase um mês internada em um hospital psiquiátrico após tentar tirar a própria vida. Enquanto estava lá, ela foi diagnosticada com transtorno bipolar, como a mãe. “Tinha muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, com uma completa falta de direção”, explica. O momento difícil a mostrou que ela não queria morrer. “Graças a Deus eu aprendi. Levando em consideração o que eu experienciei nos últimos anos, se eu não tivesse tido um colapso, quem sabe quando teria acontecido?”, indaga. Halsey se referiu a diversos obstáculos em sua vida: o constante escrutínio da mídia, um diagnóstico de endometriose, um aborto espontâneo e um término de relacionamento bastante público.
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“A maior lição que eu aprendi é que eu preciso fazer arte, não manchetes. Porque pode ser muito fácil, na geração das redes sociais, ser uma cantora e acabar se transformando em uma personalidade”, revela quando perguntada o motivo de nunca admitir publicamente o final da relação com o rapper G-Eazy.
Com a fama, a publicação lembra que vieram questionamentos para Halsey — sobre sua raça, sua sexualidade, seu cabelo. A cantora, no entanto, nunca evitou responder às polêmicas. Em 2014, quando a acusaram de mentir sobre ser birracial (seu pai é afro-americano e sua mãe italo-húngara), ela respondeu no Twitter: “Há 19 anos as pessoas acham que sabem mais sobre a minha genética do que eu”. A intérprete de “Without Me” também já respondeu ao fato de ser feminista e ter posado para a Playboy (“Uma mulher pode ser multidimensional”). Ela sabe que é odiada em muitos cantos da internet e da mídia, e admite que isso a incomoda: “Você só quer sacudir todo mundo e dizer tipo: ‘Por que você não pode apenas pensar como eu?’. E as pessoas respondem: ‘Eu simplesmente não penso, desculpa'”.
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A cantora também falou sobre a diferença entre homens e mulheres na indústria musical. “Há tantos artistas masculinos que são cópias uns dos outros: todos se vestem igual, eles tem o mesmo estilista, usam as mesmas roupas, eles escrevem com os mesmos escritores. Nós vivemos em um mundo onde as mulheres são obrigadas a serem tão originais, é louco”, observa. Bem sincera, como sempre!
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