O chef Henrique Fogaça, um dos jurados do “MasterChef Brasil“, usou suas redes sociais nesta segunda-feira (16), para falar sobre o tratamento da filha Olívia, de 14 anos, que lida com uma síndrome rara ainda desconhecida pelos médicos. Fogaça comemorou os resultados e afirmou que tem conseguido ver a melhora da menina após o uso de medicamentos à base de Cannabis sativa, conhecida popularmente pelos brasileiros como maconha.
“Pra quem não conhece, essa é minha linda filha especial Olívia, que tem 14 anos de idade. Ela não fala, se alimenta por uma sonda, e vivia por tempo integral em uma cadeira de rodas. Ela nasceu com uma síndrome rara, e durante anos procurei descobrir o que ela tinha, mas até hoje a medicina tradicional não conseguiu me passar um diagnóstico palpável”, começou, apresentando a filha.
Fogaça, então, detalha e celebra as conquistas da menina com o uso do que ele chama de “planta sagrada”: “Há três anos, ela vem usando o óleo medicinal chamado CBD, que é extraído da planta Cannabis sativa, mais conhecida como ‘maconha’. E digo pra vocês que graças à ‘planta sagrada’ ela está cada dia melhor, com um semblante de paz, de alegria, sorrindo e sentindo os pequenos prazeres da vida como poder se alimentar pela boca, ficando em pé com ajuda de um aparelho específico para as pernas e dia após dia evoluindo”.
Henrique Fogaça finalizou a publicação de forma emocionante, revelando que o “Instituto Olívia” será lançado em breve e se declarando para a filha. “Venho aqui para dizer que em breve lançaremos o ‘Instituto Olívia’, que virá para poder suprir e ajudar as necessidades de muitas pessoas e familiares que sofrem calados. Sou um pai feliz pela Olívia ter me escolhido e vou lutar incansavelmente até o último dia da minha vida para poder proporcionar o melhor para ela e para outras pessoas que assim necessitam. Obrigado a todos e principalmente a Deus. Vamos em frente”, finalizou. Confira:
Em março deste ano, em entrevista à revista Trip, Fogaça revelou a abertura do “Instituto Olívia”, que visa facilitar o acesso à maconha medicinal. Outros objetivos da instituição são o incentivo à pesquisa científica e, no futuro, o cultivo da planta. “Esse remédio mudou a expressão dela (Olívia), o rosto dela. Ela está mais feliz, reage mais rápido. Quando eu chego e falo com ela, ela olha e dá um sorriso. Isso não acontecia antes”, contou.
O chef do talent show da Band ainda falou sobre o tabu que existe em torno do remédio, principalmente no Brasil. “Existe tabu porque, no passado, a sociedade impôs que a maconha tem relação com facções criminosas. Mas tenho certeza que com o tempo isso vai ser quebrado em prol dos fins medicinais. O processo no Brasil é mais burocrático para conseguir, mas teve bastante avanço, o leque está se abrindo. O mais difícil é a falta de informação, fica tudo mais obscuro. Mas dia após dia, a situação está melhorando”, explicou.