Luan Santana está no ápice de sua vida amorosa. O cantor fez uma surpresa digna de comédia romântica para pedir a namorada, Jade Magalhães, em casamento e está noivo desde setembro. Entretanto, nem sempre foi assim. Em uma nova entrevista à Veja, o cantor admitiu que, alguns anos atrás, se incomodava muito com os boatos de que seria gay.
Questionado sobre já ter sido vítima de algum tipo de maldade, o astro respondeu que, quando começou, era apenas um “moleque de 16 e 17 anos” e, por isso, não sabia lidar com os comentários. “Tudo era novo. Surgiam comentários, mentiras, e eu chegava em casa passando mal. Falaram muita maldade de mim”, relembrou ele.
Foi então que Luan referiu-se aos rumores sobre sua sexualidade. “Eu me incomodei tanto com os boatos de que eu seria homossexual que comecei a me questionar se me sentava de um jeito muito afetado, sei lá. Saíram boatos na imprensa, na TV. Mas sei que o homossexualismo (sic) jamais pode ser chamado de ofensa”, afirmou o cantor.
Ainda no mesmo assunto, o sertanejo ponderou sobre o interesse do público por sua vida privada. “A curiosidade pelo que o artista faz ou deixa de fazer vem na mesma proporção do interesse do público pelo trabalho dele. Não é à toa que o cara é tratado como ídolo: sabemos que existe uma idolatria que mexe com o imaginário das pessoas. Elas querem se sentir íntimas do artista. Conhecer e compartilhar cenas da vida pessoal dele faz parte desse carinho”, analisou Luan.
Sobre como lida com isso, ele afirmou: “Penso que muita coisa pode ser compartilhada. Posso dividir um pouco da minha vida com esse público que, de uma forma ou de outra, faz parte dela. É claro que haverá situações e fatos que ficarão preservados pela privacidade que todos nós devemos ter, e nem faz bem transformar nossa vida num espetáculo”.
O cantor revelou que uma de suas estratégias para se preservar da vida pública é mostrar que é bem “gente como a gente”. “Somos humanos. Alguns artistas gostam de transformar todo gesto num espetáculo, numa cena. Penso que o artista vai sofrer menos com a invasão de privacidade à medida que se mostrar mais humano, sabe? Tem de haver uma relação saudável entre o fã e o ídolo”, refletiu.
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Por fim, Luan falou sobre o preconceito que enfrentou ao fazer a opção de seguir uma carreira solo, ao invés de dupla, como era comum entre os sertanejos quando ele entrou na indústria. “Lembro de chegar aos lugares e o pessoal das rádios perguntar: ‘Você é o Luan ou o Santana?’. Todos me olhavam torto. Uma vez, eu e meu empresário fomos a uma rádio em Londrina. Ele foi mostrar minhas composições, e eu fiquei do lado de fora. Só que as paredes eram tão finas que consegui escutar a diretora da rádio recomendar: ‘Diga a esse menino para arrumar outro cantor, pois só se faz sucesso em dupla'”, recordou o astro.
Entretanto, ele acredita que tenha trazido uma inovação ao cenário. “O Sorocaba (artista, compositor e empresário do meio), que me descobriu e deu Meteoro para eu gravar, disse uma coisa legal tempos atrás — que eu trouxe um novo público para as rádios, um pessoal jovem”, disse ele, listando suas inspirações atuais, que tendem mais para o pop. “Hoje, toco vários instrumentos. No palco, eu me inspiro nas performances de artistas dos quais eu gosto, como Shawn Mendes, Coldplay e Justin Bieber”.
Após mencionar Bieber, Luan ainda comparou sua própria trajetória a do astro canadense e disse que pretende em se aposentar dos palcos por um período no futuro. “Começou como rebelde, e se casou recentemente. Passou de um pop bonitinho para uma sonoridade mais adulta. E conseguiu dar um tempo na carreira. Penso, aliás, em também dar um tempo na carreira porque quero que ela seja longínqua (sic). Mas não será agora”, concluiu.