Bia Dominguez, que estava com MC Kevin na noite de sua morte, deu detalhes sobre os últimos momentos do funkeiro. Em conversa com o Barbacast, a acompanhante relembrou o convite para ir até o quarto do artista e revelou um breve encontro com Deolane Bezerra no local.
Dominguez contou que só conhecia o cantor pela internet, mas que nunca havia visto Kevin pessoalmente antes do dia 16 de maio. “Eu desci (para a praia) e deu uns 15 minutos e ele chegou com os meninos que estavam com ele. Conheci ele nessa hora, não tinha visto antes disso“, relatou.
A morte
“Quando ele me viu, ele já ficou a fim. E eu vi que era ele, mas como eu já conheço alguns famosos, eu não costumo pedir fotos ou ficar em cima. (…) Aí ele gostou de mim e tal, e eu vi que eles meio que apostaram quem iria conseguir pegar meu telefone“, pontuou. Então, ela revelou que a produção do cantor a abordou na praia e pediu para que ela se juntasse ao grupo. Depois de algumas tentativas, Bia aceitou se juntar ao artista.
“O combinado era ficar com ele, o amigo era só para subir junto“, afirmou. “Eu subi com esse amigo dele – eu prefiro não ficar falando nomes -, o combinado era ficar com ele, mas como ele é uma pessoa pública, não poderia ficar ali comigo de mão dadas ou próximos. (…) Daí uns cinco minutos depois, ele já subiu com o segurança. Estávamos eu, ele e esse amigo no quarto… Só que o amigo, como tava lá na hora, queria ficar e meio que insistiu para participar e eu falei que não queria. Aí a gente combinou um valor. O que eu tinha passado para ele era R$ 2 mil, mas ele me disse: ‘Fica tranquila, se quiser R$ 5 ou R$ 10 mil eu pago’. Aí eu falei ‘okay, né?’“, recordou.
Em seguida, Bia detalhou como o grupo descobriu que Deolane – teoricamente – estava no hotel. “Foi muito rápido, né? A gente tava ficando e eu não sabia que ela estaria lá. Um outro amigo, o que também queria participar e foi expulso do quarto umas três vezes, voltou e falou que a mulher tava vindo“, narrou. “Depois a gente soube que não tinha ninguém chegando“, detalhou. Segundo ela, uma das hipóteses é que esse amigo havia mentido para fazer com que Kevin deixasse o local. “Aí aconteceu tudo que aconteceu“, finalizou.
“O quarto era bem pequeno. (…) Mas eu fui praticamente a última pessoa [a ver o MC em vida]. O que mexeu comigo foi o que ele me falou, porque ele me abraçou assim e falou: ‘ah, não queria ir, queria ficar com você aqui’. E foi um negócio muito rápido, né? Não tinha como imaginar o que ele ia fazer ou pensar que fosse acontecer uma coisa dessas“, refletiu. Ela também confirmou que Kevin e os amigos tinham usado drogas sintéticas, além de fumar e ingerir bebidas alcoólicas.
Dramas pessoais pós-tragédia
“Eu fiquei desesperada, em estado de choque. É muito difícil você pensar e ver uma coisa daquelas. Eu não conseguia pensar direito, tanto que eu fui a última a sair do hotel (…) Na época, eu não tinha condições de falar. Óbvio, eu queria falar só com a polícia, não tinha porque eu falar com página de fofoca. Mas, como eu não aceitei participar do grupinho da mídia, eu fui massacrada. Eu fiquei um ano e meio com depressão, perdi meu apartamento, tive um trauma psicológico…Foi bem difícil“, explicou. Dominguez confessou que chegou a desmaiar quando soube que o funkeiro havia morrido.
Breve encontro com Deolane
Em outro momento, a modelo ainda comentou sobre o relacionamento de Kevin e o momento em que viu Deolane Bezerra no local. “Mas não sabia que a pessoa estaria ali“, pontuou. “Eu não cheguei a vê-la direito, mas, depois, eu percebi que, na hora que me expulsaram dali, era porque ela tinha passado por mim. Eu nem sabia como ela era“, falou.
Confira a entrevista:
Relembre o caso
No dia 16 de maio, Kevin Nascimento Bueno, mais conhecido como MC Kevin, faleceu aos 23 anos, após cair do 5º andar de um hotel na orla da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O funkeiro morava em Mogi das Cruzes, São Paulo, mas estava na capital carioca para realizar um show em uma boate na Vila Valqueire, Zona Oeste. O artista chegou a ser levado para o hospital Miguel Couto, na Gávea, na Zona Sul, em estado muito grave, mas não resistiu.
O corpo dele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e, de acordo com o laudo da necropsia, a causa da morte foi um traumatismo crânio encefálico. O documento ainda atesta que o funkeiro sofreu 13 fraturas – no nariz, no maxilar, na mandíbula e nas costelas, além de uma hemorragia na cabeça, uma perfuração no pulmão e rompimento do fígado.
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