Documentos revelam que família real tentou impedir performance de Elton John no funeral de princesa Diana; saiba o motivo e quem interveio

Segundo nota publicada pelo Arquivo Nacional britânico, o decano da Abadia de Westminster interveio em nome do artista.

Mais um episódio do “Casos de Família: Royals Edition”… Segundo documentos do governo britânico, divulgados recentemente pelo Arquivo Nacional do Reino Unido, a família real tentou impedir Elton John de se apresentar no funeral da Princesa Diana, que faleceu em um acidente de carro em Paris, em agosto de 1997. Na época, a realeza temia que a homenagem fosse “sentimental demais”.

De acordo com informações da Sky News, os representantes da monarquia chegaram a contratar um saxofonista para uma apresentação solo, como uma espécie de plano B caso cancelassem a performance de Elton. No entanto, Arthur Wesley Carr, decano da Abadia de Westminster, interveio. Em carta, o religioso pediu a uma figura sênior da casa real de Windsor que não cancelasse a participação do cantor, já que Diana e John eram amigos de longa data e a presença dele no funeral seria imprescindível.

Elton John e Princesa Diana no backstage de show em Londres em 1993. (Foto: Reprodução/Instagram)

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“Este é um ponto crucial no serviço e pedimos ousadia. É onde acontece o inesperado e algo do mundo moderno que a princesa representava”, escreveu Carr. “Respeitosamente, sugiro que qualquer coisa clássica ou coral (mesmo um clássico popular, como algo do [compositor] Andrew Lloyd Webber) é impróprio. Melhor seria a música anexa de Elton John (conhecida por milhões e sua música era apreciada pela princesa), o que seria poderoso”, acrescentou.

Os documentos indicaram, ainda, que o clássico dos anos 1970, “Your Song”, também de John, foi considerado para a homenagem. No entanto, Carr destacou que a canção de 1973 “Candle In the Wind”, inspirada originalmente por Marilyn Monroe, já estava “sendo amplamente tocada e cantada em todo o país” para relembrar Diana. “A apresentação será imaginativa e generosa para os milhões que se sentem pessoalmente enlutados”, pontuou. Arthur reforçou, ainda, que se as palavras fossem “muito sentimentais”, não precisariam ser impressas no livrinho da cerimônia.

De acordo com o Arquivo Nacional, não existem registros de uma resposta do Palácio de Buckingham. Felizmente, a homenagem aconteceu e entrou para a história como um dos momentos mais marcantes e emocionantes do funeral. Para a ocasião, Elton entoou uma versão alterada da canção – no lugar de “Goodbye, Norma Jean” (nome real de Monroe), o artista cantou “Goodbye, England’s Rose” (Rosa da Inglaterra, em português).

A cena foi assistida por mais de 2,5 bilhões de pessoas e a versão relançada em 1997 se tornou o single físico mais vendido da história. Em 2019, Elton revelou que sentiu a pressão do momento e ficou tão preocupado em errar as palavras na apresentação, que mandou instalar um teleprompter ao lado de seu piano. Relembre o momento emocionante: