Em vídeo de 2012 que viralizou na web, Meghan Markle fala sobre o racismo que sofreu ao longo da vida: “Me atingiu de uma maneira muito forte”; assista

Engajada desde sempre! Se engana quem pensa que Meghan Markle só passou a se envolver com causas sociais após o casamento com o príncipe Harry. Em um vídeo resgatado do ano de 2012, a duquesa aparece fazendo parte da campanha “Characters United: I Won’t Stand For” (“Personagens Unidos: Eu não irei apoiar”), do canal USA Network, e faz um desabafo sobre suas experiências pessoais com o racismo.

Filha de uma mulher preta com um homem branco, a estrela da série “Suits” precisou lidar com a questão racial por toda sua vida. “Para mim, acho que atinge uma questão realmente pessoal. Sou mestiça. A maioria das pessoas não sabe dizer com o que estou misturada e, portanto, grande parte da minha vida eu me senti como uma mosca na parede”, fala na gravação.

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Vestindo uma camisa que diz: “Eu não apoiarei o racismo”, Meghan relembrou que precisou enfrentar apelidos e piadas ao longo de toda sua vida. Uma das situações que mais a marcou foi quando a mãe Doria Ragland foi chamada pelo termo pejorativo “n*gger”, usado para se referir de modo preconceituoso à pessoas pretas nos Estados Unidos.

Meghan Markle falou sobre o racismo ao longo da sua vida em campanha de 2012. Foto: Reprodução/Instagram

“Alguns dos insultos que ouvi, as piadas ou os nomes realmente ofensivos, me atingiram de uma maneira muito forte. E então, há alguns anos, ouvi alguém chamar minha mãe pela palavra com ‘N'”, lamentou. A duquesa também explicou porque achava necessário expor todas essas feridas pessoais. “Além de eu ser pessoalmente afetada pelo racismo, e tendo uma visão de como nosso país é agora — certamente o mundo — eu só quero que as coisas melhorem”, falou.

Markle revelou que a tonalidade da pele mais clara que a da sua mãe, sempre confundiu as pessoas ao seu redor e afetou na forma como ela era tratada. “Honestamente, sua raça faz parte do que define você. Acho que o que muda as coisas é que o mundo realmente trata você com base em sua aparência. Certas pessoas não olham para mim e me veem como uma mulher negra ou uma mulher mestiça”, opinou.

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“Eles me tratam de maneira diferente, eu acho, do que seria se eles soubessem a mistura [da minha pele]. E acho que isso é, eu não sei, pode ser um obstáculo tanto quanto pode ser uma coisa boa, dependendo das pessoas com quem você está lidando”, refletiu.

Meghan Markle, a mãe Doria Ragland e o príncipe Harry juntos durante um evento em Londres. Foto: Getty

Quando teve a oportunidade de conhecer o mundo, Meghan confessou que se assustou ao perceber que certas mentalidades preconceituosas se repetem em vários locais. “Sair de Los Angeles foi como deixar essa bolha onde eu estava acostumada a tudo e tinha sido exposta a tudo, exceto por uma limitação que experimentei quando viajei para fora de onde eu era”, disse.

A atriz recordou o que acontecia com seus familiares no passado. “Realmente abriu meus olhos para uma mentalidade que ainda existe, que eu pensava estar datada dos dias em que meu avô mudou nossa família de Cleveland para Los Angeles. Eles viajaram pelo país e para conseguir comida — qualquer que fosse o lugar onde eles estavam indo —, eles tinham que dar a volta nos fundos para conseguir. Você sabe, eu pensei que esses dias tinham ficado para trás, infelizmente, eles não ficaram”, refletiu.

O primogênito de Meghan Markle, Archie, nasceu em maio de 2019. Foto: Getty

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A duquesa chegou a desejar que os tempos fossem outros quando virasse mãe, o que aconteceu no ano passado. “Espero que, quando eu tiver filhos, as pessoas estejam ainda mais abertas à maneira como as coisas estão mudando e que ter um mundo diverso seja o que importa. Quero dizer, certamente, isso torna tudo muito mais bonito e muito mais interessante”, torceu. Assista ao vídeo:

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