Sam Smith sofre ataques de ódio por aparência em novo clipe, e desabafa em entrevista: “Alguém cuspiu em mim”

Sam se abriu sobre as lutas que experimenta depois de se assumir como pessoa não-binária

Desde que lançou o clipe de “I’m Not Here To Make Friends”, na semana passada, Sam Smith tem se visto no meio de um turbilhão de comentários. O vídeo faz parte da divulgação do novo álbum, “Gloria”, e traz um estilo diferente das melodias românticas do início de sua carreira. Por isso, enquanto muitos fãs exaltaram Sam, outros criticaram seu novo estilo musical. Com tantos ataques, a estrela fez questão de se manifestar.

Em 2019, Smith se assumiu como uma pessoa não-binária e mudou seus pronomes de gênero para elu/delu. Na época, Sam explicou que “flui em algum lugar entre masculino e feminino”, e que a nova identificação permitiria que “pudesse se amar por quem é”. Logo, seu novo lançamento expõe sua visão de mundo, com Sam aparecendo em roupas sensuais, extravagantes, brilhosas e coloridas. Contudo, a mudança não agradou todo mundo. Assista:

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Com mais de dois milhões de visualizações, o clipe de “I’m Not Here To Make Friends” tem todos os tipos de comentários. “Errou demais, cansado de ver as pessoas tentando impor isso a todos. O cara é claramente doente mental. As crianças vão ver isso também.. Andrew Tate está preso por nada e este homem não está? Vil”, escreveu um usuário, fazendo referência ao influenciador que está sendo investigado por tráfico de pessoas e estupro. “Por que a mídia continua promovendo degenerados como Sam Smith?”, criticou outro.

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Outras pessoas, entretanto, entenderam a chuva de comentários negativos como formas de preconceito – inclusive da própria comunidade LGBTQIAP+. “A quantidade de homofobia e gordofobia que Sam recebeu ultimamente (também de sua PRÓPRIA comunidade) é tão decepcionante”, reclamou uma internauta. “Se Sam Smith fosse magro, cis e hétero, não seria ridicularizado pela forma como se apresenta e se veste. Se Harry Styles usasse o mesmo look em uma capa de revista, vocês estariam gritando ‘YAS QUEEN'”, pontuou outra.

 

No entanto, Sam se abriu sobre a reação que recebeu de parte do público. Em uma nova entrevista ao “Apple Music 1”, Smith compartilhou que, embora tenham tido grande apoio de sua família e amigos, o ódio de estranhos tem sido difícil. “Acho que todos os únicos pontos negativos na luta foram na minha vida pública e no meu trabalho. Só a quantidade de ódio e m*rda que veio até mim foi simplesmente cansativo. Estava na p*rra do noticiário. Alguém cuspiu em mim na rua. É louco”, Sam disse a Zane Lowe.

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Smith continuou, dizendo que não pode acreditar que esse tipo de tratamento ainda esteja acontecendo nos dias de hoje. “O que eu acho difícil sobre isso é como, se isso está acontecendo comigo e eu tenho fama, sou uma estrela pop, você pode imaginar o que outras crianças, como crianças queer, estão sentindo? E é tão triste que estejamos em 2023 e ainda esteja acontecendo. É cansativo e especialmente na Inglaterra”, lamentou.

Sam acrescentou que na sua vida pessoal “não há um ponto negativo” e que a relação com sua família melhorou ainda mais desde que se assumiu. Outro benefício é sua “vida amorosa”, já que agora Smith se sente “confortável” em sua própria pele. Este é o primeiro lançamento de Sam desde “Love Goes” (2020) e tem o single “Unholy”, líder das paradas. Assista à entrevista completa:

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