Um segurança que trabalhava para Sean “Diddy” Combs quebrou o silêncio sobre o suposto abuso que teria sofrido em uma das festas do rapper. A “festa do branco” em questão teria ocorrido em 2007, no Hamptons, em Nova York. A entrevista foi concedida para a CNN e publicada nesta quarta-feira (11).
Combs teria oferecido bebidas que deixaram o homem em um certo “nível de incapacidade“, como o funcionário percebeu momentos depois. O segurança relatou acreditar que os drinks estavam batizados com ecstasy e GHB, droga usada para intensificar o prazer sexual. “Ele observava de algum lugar e, quando eu estava em posição de vulnerabilidade e ele tinha certeza de que estava no controle, se aproveitou da situação“, relatou.
Segundo o segurança, uma celebridade teria assistido tudo sem intervir e “apenas achando engraçado“. Ele, então, teria sido levado a um carro, onde teria sido violentado. “Eu gritava, pedia para ele parar. Foi muito doloroso, e ele agia como se não fosse nada“, disse.
Logo depois, o funcionário teria relatado a situação ao seu superior, que reagiu com indiferença. “Ele apenas descartou o caso e disse: ‘Vou falar com o Combs’. Depois disso, ele não falou mais comigo… Tive que procurar outra área para trabalhar“, continuou o segurança, que nunca mais foi chamado pela empresa.
A queixa foi apresentada em 14 de outubro, e o segurança relatou à CNN esta semana que escondeu o segredo desde 2007, não tendo contado nem à sua então esposa por vergonha. “Isso afeta cada coisa que você faz pelo resto da vida”, comentou.
Audiência, data do julgamento e pedido de fiança
Além dos desafios legais, Combs também está enfrentando mais de 100 processos civis relacionados a alegações de má conduta sexual. Enquanto isso, o grande júri continua a se reunir e a ouvir depoimentos de testemunhas, incluindo trabalhadoras do sexo, sobre os supostos abusos cometidos por Diddy ao longo dos anos. O magistrado definiu a data do julgamento para 5 de maio de 2025.
O rapper teve quatro pedidos de fiança negado pela justiça. O juiz mencionou um vídeo de 2016, no qual ele agride a ex-namorada, Cassie Ventura, e as mensagens trocadas após o caso, categorizando Diddy como “doente por pensar que não há problema em fazer o que fez”. Ele acrescentou, como outro motivo para manter o rapper preso, que há “provas contundentes da propensão de Combs à violência”, e também citou as evidências da acusação de quebrar regras da prisão e tentar influenciar testemunhas do caso.
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