Uma das cenas mais surpreendentes do cinema é quando Sharon Stone, em ‘Instinto Selvagem’, em que interpreta uma serial killer, cruza as pernas e deixa as partes íntimas aparecer por alguns instantes. Foi um dos papéis mais importantes de sua carreira e a tornou um símbolo sexual. O momento é discutido até hoje, inclusive.
A atriz contou em sua biografia, “The Beauty of Living Twice” (A Beleza de Viver Duas Vezes, em tradução livre), lançada em março nos Estados Unidos, que ela não sabia que estava sendo gravada aquela parte do seu corpo. De acordo Stone, ela ficou sem calcinha, pois o diretor Paul Verhoeven disse estar refletindo a luz e pediu para que ela a retirasse.
Nesta quinta-feira (7), o holandês concedeu uma entrevista à revista Variety, em que rebateu as acusações de Sharon sobre a maneira que iria acontecer a cena. “Ela sabia exatamente o que estávamos fazendo. Eu disse que o filme era baseado na história de uma mulher que eu conheci quando era estudante, que cruzava suas pernas sem calcinha regularmente em festas”, alegou o cineasta.
O diretor continuou sua versão, dizendo que ele e a atriz decidiram fazer algo semelhante, dando a entender que Sharon sabia que aquele momento iria acontecer daquela maneira. “Quando minha amiga e eu dissemos que podíamos ver a vagina dela, ela disse: ‘Claro, é por isso que faço!’”, relatou.
A versão de Sharon é bem diferente. A cena era para dar a entender que ela estava sem calcinha mesmo, contudo, a atriz não tinha ideia de que sua vagina iria aparecer. O diretor teria dito que era melhor gravar sem a peça de roupa, porque dava para ver que ela estava usando. “Houve muitos pontos de vista sobre esse tema, mas como eu tenho a vagina em questão, deixe-me dizer: os outros pontos de vista são ridículos”, contou a estrela no livro.
Sharon chegou a dar um tapa na cara de Paul Verhoeven por conta da cena. Depois de muita conversa, a norte-americana deixou o polêmico trecho ir para o corte final do longa. Com o papel, Stone foi indicada ao Globo de Ouro em 1993.