Mais um desdobramento sobre o caso dos quatro alunos que foram assassinados em Idaho. O pai de uma das vítimas, a estudante Kaylee Goncalves, afirmou que existe uma discrepância misteriosa entre a forma que a sua filha e a colega foram mortas. Em entrevista à Fox News, Steve Goncalves desabafou sobre a natureza da morte das jovens.
Na noite deste sábado (3), Steve disse que os ataques fatais contra a filha Kaylee e Madison Mogen, sua melhor amiga, eram misteriosamente diferentes por natureza. “Vou direto ao ponto. Seus meios de morte não coincidem“, afirmou Goncalves. O pai não chegou a ser muito específico em sua teoria, mas disse: “Seus pontos de dano não correspondem“.
As estudantes foram brutalmente assassinadas em uma casa próxima a um campus da Universidade de Idaho, na cidade de Moscow, nos Estados Unidos. De acordo com a médica-legista do condado de Latah, Catharine Mabbutt, os alunos Ethan Chapin, de 20 anos, Xana Kernodle, 20, Madison Mogen, 21, e Kaylee Gonçalves, 21, estavam dormindo quando foram mortos a facadas. As autoridades dizem, inclusive, que Kaylee e Madison estavam dormindo na mesma cama no momento do ataque.
Mas, de acordo com o pai, Steve, as facadas eram de alguma forma diferentes. “Eu tenho cuidado para falar sobre elas [Kaylee e Madison], porque eu não posso falar sobre a filha de outra pessoa, mas eu vou fazer o que puder para trazer justiça a essas duas garotas. Eu não serei a vítima. Nós vamos lutar, e eu vou achar um jeito de achar os responsáveis. Vou ficar com o olhar atento para resolver isso”, garantiu Goncalves.
As autoridades locais parecem perplexas sobre o crime, uma vez que a cidade, que tem cerca de 25 mil habitantes, não registrava um assassinato desde 2015. A polícia local forneceu informações conflitantes sobre os ataques, indo e voltando sobre se o assassino tinha um alvo específico ou se o resto da comunidade estava em risco. Na entrevista à Fox, a mãe de Kaylee, Kristi, se perguntou por que certas pessoas suspeitas foram liberadas “muito rápido”.
Steve, por sua vez, concordou com a esposa e, compreensivelmente emocionado, afirmou: “Eu só vou dizer isso. Não vazou para mim. Eu mereci isso. Paguei por esse funeral. É o meu direito. E vocês estão tirando isso de mim. Eu paguei aquela conta. Mandei minha filha para a faculdade para ter uma educação. Ela voltou em um caixão. E eu posso falar sobre isso“. Kristi concordou com o marido, mas pediu que ele se acalmasse.
Relembre o caso
O The New York Times divulgou que as autoridades receberam um chamado sobre um “indivíduo inconsciente”, no dia 13 de outubro. No entanto, ao chegarem no local, se depararam com os corpos das quatro vítimas. Todas elas eram alunos da Universidade de Idaho, e estavam numa casa em uma vizinhança próxima de uma caixa d’água estampada com o logo da instituição. Segundo a publicação, a cidade, que tem cerca de 25 mil habitantes, não registrava um assassinato desde 2015.
À Fox News, um policial revelou o cenário assustador que foi encontrado na residência em que o crime aconteceu. O sangue das vítimas chegou a descer pela parede, pingando do quarto do primeiro andar. Foi possível ver o líquido escorrendo até mesmo do lado de fora da casa, na parte dos fundos. “Foi uma cena muito sangrenta no lado de dentro”, afirmou o agente. (Alerta: imagens fortes!) Veja as fotos, clicando aqui.
Horas antes do assassinato brutal, o casal Ethan e Xana estavam numa festa no campus, enquanto Kaylee e Madison foram até um bar no centro da cidade. As duas meninas, inclusive, foram registradas pelas câmeras de segurança. Todos eles voltaram para a casa de suas amigas após 1h45 da manhã.
Até o momento, nenhuma prisão foi decretada e a polícia sequer deu alguma descrição de quem poderia ser o assassino. “Ninguém foi incluído ou excluído como pessoa de interesse ou suspeito. Todos ainda estão sendo investigados”, comentou Aaron Sneel, porta-voz da corporação, à ABC News. Catharine Mabbutt, médica-legista do condado de Latah, informou que todas as vítimas estavam dormindo quando foram assassinadas.
A princípio, as autoridades disseram que as mortes eram “ataques isolados, com alvos” e que não havia risco para outros. No entanto, eles precisaram voltar atrás… Sem qualquer indício do que poderia ter acontecido, Fry recuou. “Nós não podemos dizer que não há uma ameaça à comunidade”, disse o chefe da polícia à imprensa. “O indivíduo ainda está por aí. Nós devemos estar vigilantes. Nós precisamos ter cuidado pelos nossos vizinhos… Nós precisamos continuar fazendo isso até que a gente consiga fechar isso e fazer uma prisão”, declarou.
Alivea Gonçalves, irmã de Kaylee Gonçalves, revelou que sua irmã fez seis chamadas para um rapaz chamado Jack, que era amigo das vítimas, entre 2h26 e 2h44. O TMZ ainda afirmou que Madison Mogen, outra aluna esfaqueada, também ligou mais três vezes para o jovem. Mas, aparentemente, ele nunca atendeu ou retornou às ligações.