Alunos de Idaho: Familiar revela detalhes de ligações feitas por duas das vítimas antes da tragédia

A irmã de uma das vítimas afirmou que uma mesma pessoa recebeu várias chamadas dos alunos pouco tempo antes do massacre

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Dois dos quatro estudantes encontrados mortos pela polícia no domingo passado (13), em uma casa próxima a um campus da Universidade de Idaho em Moscow, nos Estados Unidos, ligaram várias vezes para o mesmo número apenas uma hora antes do crime brutal. A informação foi revelada por Alivea Gonçalves, irmã de Kaylee Gonçalves, uma das vítimas do massacre. Ao Inside Edition, a jovem deu detalhes do que aconteceu pouco antes dos alunos serem mortos.

Segundo Alivea, sua irmã fez seis chamadas para um rapaz chamado Jack, que era amigo das vítimas, entre 2h26 e 2h44. O TMZ ainda afirmou que Madison Mogen, outra aluna esfaqueada, também ligou mais três vezes para o jovem. Mas, aparentemente, ele nunca atendeu ou retornou às ligações. As autoridades ainda não identificaram um suspeito para o caso e a arma do crime não foi encontrada.

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Os quatro amigos foram encontrados mortos numa cena de crime brutal, numa casa próxima ao campus. (Fotos: Reprodução)

“Não estamos obtendo nenhuma resposta e não vamos nos contentar com isso”, disse Alivea durante a entrevista. “Eu encontrei um vizinho trazendo imagens das câmeras [de segurança] para que pudéssemos verificar que o motorista por aplicativo a deixou em casa”, complementou a familiar. Na sexta-feira (18), a polícia confirmou que as vítimas foram esfaqueadas várias vezes enquanto dormiam. Algumas delas tinham feridas que indicavam que tentaram reagir. Nenhum dos estudantes foi abusado sexualmente.

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De acordo com o TMZ, a polícia acredita que os dois companheiros de quarto que sobreviveram ao ataque não participaram do assassinato e também estavam dormindo. Ambos escaparam com vida, mas não ligaram para a emergência. O nome da pessoa que pessoa que ligou para as autoridades apenas nove horas após o ocorrido não foi divulgado.

Relembre o caso

O The New York Times divulgou que as autoridades receberam um chamado sobre um “indivíduo inconsciente”, no último domingo (13). No entanto, ao chegarem no local, se depararam com os corpos das quatro vítimas. Catharine Mabbutt, Ethan Chapin, de 20 anos, Xana Kernodle, 20, Madison Mogen, 21, e Kaylee Goncalves, 21, eram alunos da Universidade de Idaho, e estavam numa casa em uma vizinhança próxima de uma caixa d’água estampada com o logo da instituição. Segundo a publicação, a cidade, que tem cerca de 25 mil habitantes, não registrava um assassinato desde 2015.

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À Fox News, um policial revelou o cenário assustador que foi encontrado na residência em que o crime aconteceu. O sangue das vítimas chegou a descer pela parede, pingando do quarto do primeiro andar. Foi possível ver o líquido escorrendo até mesmo do lado de fora da casa, na parte dos fundos. “Foi uma cena muito sangrenta no lado de dentro”, afirmou o agente. (Alerta: imagens fortes!) Veja as fotos, clicando aqui.

Horas antes do assassinato brutal, o casal Ethan e Xana estavam numa festa no campus, enquanto Kaylee e Madison foram até um bar no centro da cidade. As duas meninas, inclusive, foram registradas pelas câmeras de segurança. Todos eles voltaram para a casa de suas amigas após 1h45 da manhã.

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Kaylee postou uma foto ao lado de Madison, Ethan e Xana horas antes da morte dos quatro. (Foto: Reprodução/Instagram)

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Até o momento, nenhuma prisão foi decretada e a polícia sequer deu alguma descrição de quem poderia ser o assassino. O chefe da polícia, James Fry, informou que não havia sinais de uma entrada forçada na casa. “Ninguém foi incluído ou excluído como pessoa de interesse ou suspeito. Todos ainda estão sendo investigados”, comentou Aaron Sneel, porta-voz da corporação, à ABC News.

A princípio, as autoridades disseram que as mortes eram “ataques isolados, com alvos” e que não havia risco para outros. No entanto, eles precisaram voltar atrás… Sem qualquer indício do que poderia ter acontecido, Fry recuou. “Nós não podemos dizer que não há uma ameaça à comunidade”, disse o chefe da polícia à imprensa. “O indivíduo ainda está por aí. Nós devemos estar vigilantes. Nós precisamos ter cuidado pelos nossos vizinhos… Nós precisamos continuar fazendo isso até que a gente consiga fechar isso e fazer uma prisão”, declarou. Até então, restam muitas perguntas e pouquíssimas respostas, enquanto o mistério segue assustando a cidade…

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