Destroços de submarino são recolhidos, e autoridades revelam descoberta sobre passageiros

Os destroços da embarcação foram encontrados após cinco dias de buscas

Os destroços do submarino Titan chegaram, nesta quarta-feira (28), em um porto ao sul do Canadá. Após de cinco dias de busca, a Guarda Costeira concluiu que o veículo implodiu pouco depois de ser lançado ao mar, matando todos a bordo. Agora, os restos serão usados para a investigação que estuda as possíveis causas do acidente.

As peças que compunham a cabine do submersível foram descarregadas do navio Horizon Arctic, da Guarda Costeira do Canadá, no porto de St. John. Segundo os especialistas, as fibras de carbono que revestiam o submarino se estilhaçaram durante e implosão. Além dos destroços, as autoridades confirmaram que “possíveis restos humanos” foram encontrados próximos ao local do acidente.

Continua depois da Publicidade

Na última quinta-feira (22), as autoridades confirmaram que o milionário britânico Hamish Harding, o paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente da Engro, e seu filho Suleman, bem como o experiente mergulhador francês, Paul-Henri Nargeolet, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions, faleceram com a implosão do submersível. Eles tentavam visitar os destroços do navio Titanic, a quase quatro mil metros de profundidade.

Segundo a imprensa local, a Guarda Costeira dos Estados Unidos conduzirá todas as investigações do incidente. As sobras do Titan foram encontradas a cerca de 600 metros do local onde o Titanic naufragou.

Após a repercussão da tragédia, a BBC divulgou uma troca de emails entre Stockton Rush e o especialista em operações marítimas Rob McCallum. De acordo com as mensagens, McCallum avisou que Rush estava colocando os clientes da empresa de turismo marítimo em risco e insistiu para que parasse de usar o veículo até que um órgão independente o aprovasse. Porém, o empresário alegou que estava “cansado de participantes da indústria que tentam usar um argumento de segurança para impedir a inovação“.

Continua depois da Publicidade

Além do profissional, um ex-funcionário da OceanGate afirmou ter sido demitido após questionar a segurança dos submarinos fornecidos pela empresa. David Lochridge era diretor de operações marítimas da companhia e teve seu desligamento formalizado em 2018 após se recusar a liberar testes tripulados dos primeiros modelos do veículo. Relembre o caso, clicando aqui.

Siga a Hugo Gloss no Google News e acompanhe nossos destaques