Ex-funcionário da Boeing que denunciou empresa é encontrado morto; advogado se manifesta

John Barnett trabalhou na empresa por mais de 30 anos antes de se aposentar em 2017

Um ex-funcionário da Boeing foi encontrado morto em sua caminhonete no estacionamento de um hotel na Carolina do Sul, nos Estados Unidos. John Barnett tinha 62 anos e chegou a denunciar supostos problemas de segurança nas aeronaves da companhia. O homem iria prestar um novo depoimento sobre o caso no sábado (9), quando seu corpo foi achado.

De acordo com o departamento de polícia da cidade de Charleston, Barnett usou uma arma para tirar a própria vida. Contudo, seu advogado, Brian Knowles, disse ao TMZ que tem dúvidas sobre as circunstâncias da morte. “Hoje é um dia trágico. John estava se preparando [para o processo]. A defesa o questionou durante 7h horas na quinta-feira”, escreveu Knowles em um e-mail para o Corporate Crime Reporter.

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Barnett trabalhou como gerente de qualidade na Boeing por cerca de 32 anos, até se aposentar em 2017. Em 2019, ele expressou preocupações com a segurança das instalações da companhia aérea, e afirmou que a Boeing usou intencionalmente peças defeituosas nos seus aviões. Segundo sua análise, os passageiros do modelo 787 Dreamliner poderiam enfrentar falta de oxigênio caso ocorresse uma descompressão repentina. Na época, a Boeing refutou as afirmações, alegando que a empresa segue os mais rígidos protocolos de segurança.

Em um comunicado, a Boeing lamentou a morte do ex-funcionário. “Ficamos tristes com a morte do Sr. Barnett. Nossos pensamentos estão com a família e amigos dele”, disseram ao The Washington Post.

No sábado, os promotores norte-americanos iniciaram um inquérito criminal sobre um incidente em que um Boeing 737 MAX, pilotado pela Alaska Airlines, perdeu a porta em pleno ar. De acordo com relatos do The Wall Street Journal e do The Washington Post, o Departamento de Justiça tem conduzido entrevistas com testemunhas, incluindo a tripulação do voo, como parte da investigação. Ninguém ficou ferido, mas os Estados Unidos proibiram novos voos com esse modelo até o fim das investigações.

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