Willow Dunn, uma garotinha australiana de quatro anos, morreu de fome e foi devorada por ratos, após ser abandonada pelo pai, Mark Dunn, e a madrasta, Shannon White. Quando encontrada pela polícia, a garotinha, que tinha Síndrome de Down, estava com feridas profundas e em um estado grave de desnutrição.
A morte teria ocorrido em maio, mas detalhes chocantes do caso vieram à tona nesta terça-feira (7). Os dois adultos são acusados de assassinato e crueldade infantil, e passaram por uma audiência de pré-julgamento. Segundo o jornal The Mirror, Willow teria falecido dois dias antes de ser achada.
Na Corte de Brisbane Magistrates, na Austrália, descobriu-se que a criança foi encontrada com feridas de pressão profundas, provavelmente causadas por um longo período sem se mexer. Além disso, seu corpo parecia ter sido atacado por ratos. O patologista forense Dr. Andrew Kedziora acrescentou que ela tinha feridas de pressão que desciam “até o osso”.
Os machucados foram encontrados principalmente nas costas, o que indica que ela não conseguia se mover, segundo o profissional. “Se uma criança for capaz de se mover um pouco e mudar a posição, isso irá melhorar imediatamente a circulação ou o fluxo sanguíneo nesta área e diminuir ou reverter essas mudanças. Portanto, o fato de essas feridas de pressão estarem presentes e serem tão profundas mostra que por um bom tempo a criança não se mexeu“, confirmou ele.
A pequena também foi encontrada com sinais de pancreatite, normalmente causada por má nutrição ou desidratação crônica, disse o doutor. De acordo com o The Sun, Mark contou à polícia que encontrou sua filha morta no quarto, com o rosto devorado por roedores. Entretanto, ele só contatou as autoridades dias depois, deixando a garotinha apodrecendo no berço. O pai ainda teria dito aos paramédicos: “Eu estou com problemas, não estou?“.
Segundo o Daily Mail Australia, a mãe biológica de Willow morreu no parto, o que teria deixado Dunn em um estado profundo de depressão. A pequena chegou a passar um tempo com um tio e uma tia após o ocorrido. Porém, depois, o pai teria buscado a garotinha e seu irmão, que agora tem 7 anos, para viverem com ele novamente, apesar das tentativas dos parentes de manterem suas custódias.