História digna de filme! Em 1969, Susan Gervaise, hoje com 57 anos, foi sequestrada por um homem e uma mulher quando tinha 4 anos de idade, na Inglaterra. Um casal de amigos, natural da Escócia, a levou para uma viagem à Disney, nos Estados Unidos, com a promessa de retornar e devolvê-la para sua mãe biológica, mas isso nunca aconteceu.
Na época, para viajar internacionalmente com uma criança, bastava ter a certidão de nascimento e a autorização dos pais. Quando conseguiram a certidão de Susan, eles se mudaram com ela para países como Canadá, Austrália e Nova Zelândia, criando-a como sua filha. Ao jornal Wakefield Express, Gervaise explicou que passou a vida toda acreditando ser adotada. “Me disseram que fui adotada, mas nunca pensei muito sobre isso. Eu estava feliz”, explicou.
Quando precisou da assinatura de seu pai adotivo para preencher o documento de passaporte, ela descobriu a verdade. Na época, ela já tinha 16 anos, quando foi informada que havia sido sequestrada. Mesmo com a revelação surpreendente, a garota não pensou em procurar sua família biológica. Ela só tomou essa decisão muitos anos mais tarde, ao ser questionada se não teria curiosidade em saber detalhes do seu passado.
“Acendeu uma luz na minha mente e eu decidi procurar informação sobre a minha família biológica“, disse Gervaise. Com a decisão, o seu marido, Hamilton Gervaise, publicou a sua história em uma página no Facebook e, em apenas 30 minutos, conseguiram localizar sua família biológica. A mulher, que nasceu Susan Preece, viajou com o marido para o Reino Unido, para o encontro com quatro de seus seis irmãos, que aconteceu no final de setembro.
A sobrinha da mulher, Emma Mcfadyen, explicou que a mãe de Susan morreu em 2014, sem saber o que aconteceu com a filha. Ela nunca deixou de procurar pela menina perdida, no entanto, a tarefa era difícil, pois seu sobrenome tinha sido alterado. Hoje em dia, Susan vive na Austrália, é casada, tem três filhos e quatro netos.
A partir da história impressionante, Susan quer levar ao mundo uma mensagem de esperança àqueles que tiveram crianças sequestradas ou desaparecidas. “Nunca pensamos que isso aconteceria. Milagres acontecem. Ainda há esperança”, enfatizou. O caso de Gervaise foi imediatamente relacionado pela mídia internacional ao de Madeleine McCann, levada dos pais aos 4 anos, em 2007, quando a família passava férias em Portugal.