A jovem Shani Louk, de 22 anos, estava no festival de música eletrônica “Supernova edição Universo Paralello”, onde ao menos 260 pessoas foram mortas. Ela foi raptada pelo Hamas após o início dos ataques a Israel e, desde então, sua família não tinha notícias. Nesta terça-feira (10), a tatuadora foi encontrada viva, porém em estado grave. As informações são do Daily Mail.
Shani estava na rave que foi invadida por extremistas do Hamas na manhã do último sábado (7). O local da festa está a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza e, em vídeos que circularam na web, é possível ver a tatuadora dançando com os amigos em uma das tendas do evento. Poucos minutos depois, o Hamas invadiu o local. Veja:
This video shows the minutes before murder of 22-year old #ShaniLouk (shanukkk) by #Hamas terrorists in Nova Music festival in south of #Israel. They later displayed and paraded her naked body in streets of #Gaza. They broke her right leg and shot her in the head. pic.twitter.com/Rb2PHal9gG
— Babak Taghvaee – The Crisis Watch (@BabakTaghvaee1) October 9, 2023
Em outro registro, Shani apareceu na caçamba de uma caminhonete, nua e com ossos aparentemente quebrados. Sua mãe, Ricarda Louk, recebeu o vídeo e disse, em entrevista à CNN, que ainda acreditava que a filha estava viva. “O vídeo parece muito ruim, mas ainda tenho esperança. Espero que ela ainda esteja viva em algum lugar. Não temos mais nada pelo que esperar. Estamos tentando acreditar”, declarou.
Ricarda explicou que a filha é alemã, mas cresceu em Israel. Ela estava no festival com um grupo de turistas e chegou a conversar com a mãe antes de desaparecer. “Comecei a ligar para ela para saber onde ela estava, se estava perto de um local seguro. Ela disse que estava em um festival no sul e estava entrando em pânico. Ela disse que iria pegar um carro para um lugar seguro e depois não ouvi mais nada dela”, relembrou. Horas mais tarde, Ricarda notou que alguém teria tentado utilizar o cartão de crédito da filha diversas vezes na Faixa de Gaza.
Após a repercussão do apelo, palestinos entraram em contato com Ricarda, afirmando que Shani estava viva e internada em um hospital do Hamas. Ao jornal alemão Bild, a mãe da jovem revelou que ela está em estado crítico. “Agora temos evidências de que Shani está viva, mas tem um grave ferimento na cabeça e está em estado crítico. Cada minuto é crítico”, declarou ela, pedindo o auxílio das autoridades na Alemanha.
Contatado pelo Bild, o Ministério dos Negócios Estrangeiros revelou que já tem conhecimento do caso e está em conversa com os israelenses para a retirada de Shani do país.
Além da alemã, vários brasileiros estavam no evento que terminou em tragédia, entre eles o pai de Alok, Juarez Petrillo, que criou o “Universo Paralello” nos anos 2000. O também DJ iria se apresentar no festival e chegou a filmar o momento em que o ataque começou. As imagens mostram a fumaça no céu e as pessoas se movimentando para saírem rapidamente do local.
“Surreal! Já estava no palco para tocar. Espiritual demais! Foi a primeira vez que aconteceu isso, nunca uma festa parou assim! Sei nem o que fazer dizer. Helicópteros! Explosões. Acabou a luz elétrica! Bizarro! Guerra! Muito triste”, escreveu. Mais tarde, Alok atualizou sobre a situação do pai. Saiba mais, clicando aqui.
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