No último sábado (1º), uma garotinha de 4 anos foi baleada em Houston, nos Estados Unidos. Já nesta terça-feira (4), a emissora ABC13 revelou que se tratava de Arianna, uma sobrinha de George Floyd. De acordo com o canal, a criança levou um tiro enquanto dormia em sua cama.
Um suspeito – ou suspeitos – não-identificados abriram fogo contra a casa da família dela, na qual estavam quatro adultos e duas crianças. Arianna foi atingida na região do torso e levada de carro a um hospital nas proximidades. Segundo a polícia, a menina passou por uma cirurgia e foi estabilizada. De acordo com o pai dela, a garotinha teve o fígado e um pulmão perfurados, além de três costelas quebradas. No entanto, ele afirma que ela está se recuperando.
Até o momento, não houve prisões no caso e a polícia não se manifestou sobre os possíveis culpados. Por outro lado, a família de Arianna contou à ABC13 que eles conhecem quem disparou os tiros contra a residência. O mais inusitado, porém, é que eles também disseram à emissora que o tiroteio teria sido “só uma coincidência”.
Segundo o TMZ, a criança é neta de LaTonya, irmã de George Floyd. Ou seja, tecnicamente, Arianna é sobrinha-neta dele. Apesar de nova, a menina também teria comparecido a alguns protestos no ano passado para homenagear seu finado tio – que foi assassinado em maio de 2020. “Essa é a Arianna, de 4 anos. Ela estava na frente e no centro das marchas e protestos no caso do tio dela, Goerge Floyd”, contou a repórter Mycah Hatfield, que apurou o caso.
This is 4-year-old Arianna. She was front and center at the marches and rallies in her Uncle George Floyd’s case.
On Saturday around 3 a.m., her father tells me she was asleep in her bed when someone fired several shots at their apartment. Arianna was hit in her torso. pic.twitter.com/Cpo1oFwase
— Mycah Hatfield (@MycahABC13) January 4, 2022
George Floyd tinha apenas 40 anos quando foi asfixiado até a morte na cidade de Minneapolis, no dia 25 de maio de 2020. O ex-policial Derek Chauvin foi quem pressionou o joelho no pescoço do ex-segurança por mais de 8 minutos, enquanto Floyd clamava por socorro, gritando: “Eu não consigo respirar!”. Testemunhas registraram a cena e o vídeo circulou o mundo, gerando uma onda de indignação e protestos contra o racismo e a brutalidade policial, inflamando o movimento “Vidas Negras Importam”.
Em junho de 2021, Derek Chauvin foi condenado a 22 anos e meio de prisão pela morte de George Floyd. Em um julgamento considerado histórico nos Estados Unidos, o ex-policial foi considerado culpado em três acusações: por homicídio culposo; por causar a morte, sem intenção, por meio de um ato perigoso, sem consideração pela vida humana; e por negligência ao assumir o risco consciente de causar a morte de Floyd.