Uma assistente social de Boca Raton, na Flórida, foi feita de refém por um de seus pacientes no dia 1º de julho. De acordo com o The New York Post, a mulher atuava como terapeuta e conselheira de Tzvi Allswang, de 20 anos, que estava sendo “reintegrado à sociedade”.
O crime aconteceu depois que a profissional foi até a casa do homem para uma das sessões de terapia. No local, ela foi rendida e acabou sendo mantida como refém por 15 horas, período em que foi torturada e estuprada pelo acusado. De acordo com autoridades locais, ela já havia se encontrado com o paciente por diversas vezes.
A polícia foi acionada pela mãe da profissional. Os familiares começaram a desconfiar do comportamento da terapeuta, que demorava para voltar para casa. Allswang chegou a enviar mensagens falsas para o parceiro da vitima, alegando que ela havia sido parada pela polícia na estrada e, por isso, estava demorando para retornar. No entanto, o namorado achou que as mensagens pareciam estranhas e decidiu falar com o resto da família. “[Minha filha] é uma terapeuta de saúde mental e não temos notícias dela desde sua última consulta. Seu celular parece estar desligado. Sinto que ela pode ter sido sequestrada“, disse a mãe da profissional à polícia.
Depois de checar que a mulher não havia sido, de fato, parada numa blitz, as autoridades foram até o endereço de seu último paciente por duas vezes. Na primeira, por volta das 17h30 do mesmo dia, os policiais foram embora sem conseguir contato com o suspeito. Sob a insistência da mãe para que voltassem ao lugar, a polícia invadiu a casa após ouvir gritos de socorro vindos de dentro do imóvel.
Na suíte principal, foi encontrada uma barricada feita por Allswang, que apontava uma faca para a garganta da conselheira e ameaçava matá-la. Enquanto ele se negava a largar a arma, o sargento William Nogueras atirou na cabeça do suspeito.
A mulher foi transferida para o Hospital Wellington Regional, onde se recupera das lesões sofridas. No local, ela deu mais detalhes sobre os momentos de terror que viveu. Segundo a terapeuta, o paciente pediu para que ela ficasse mais tempo depois da consulta. Logo em seguida, ele a agarrou e avisou que ela não poderia sair da casa. Então, o acusado pegou o celular da mulher e amarrou suas mãos com fita adesiva.
A vítima revelou que o homem bateu em diversas regiões de seu corpo usando suas mãos e joelhos; mordeu seu mamilo; a estrangulou por “quatro ou cinco vezes” e a estuprou repetidamente, incluindo com brinquedos sexuais. O criminoso ainda teria dito para a mulher “se comportar” e afirmado que ela precisava “ser uma boa garota“. Ela relatou que, por diversos momentos, teve certeza de que o jovem iria matá-la.
A assistente social também contou que implorou a Allswang para deixá-la sair – pedido negado pelo homem. De acordo com a vítima, ela sabia do passado “problemático” de Tzvi, que já havia sido acusado de abuso sexual infantojuvenil. Mesmo assim, a conselheira decidiu ajudá-lo em tarefas como “encontrar um trabalho, montar um currículo e saber como se comportar durante entrevistas de emprego”.
Allswang sobreviveu ao tiro que levou. Agora, ele enfrenta acusações de seis crimes diferentes, incluindo tentativa de homicídio com arma de fogo, quatro acusações de agressão sexual com uso de força e sequestro. Sua primeira audiência no tribunal foi na quinta-feira, 7 de julho. Na ocasião, foi decretada a sua prisão preventiva sem possibilidade de fiança. Ele deve voltar ao tribunal no dia 8 de agosto.