Alok teve uma vitória na justiça nesta quinta-feira (27), após um imbróglio envolvendo o duo norte-americano Sevenn. A juíza Simone Monteiro, da 2ª Vara Cível da Comarca de Goiânia (GO), exigiu o retorno do vídeo de “Un Ratito” – feat com Juliette, Luis Fonsi, Lunay e Lenny Tavárez – ao YouTube.
Segundo um comunicado da equipe do artista, a plataforma tem 24 horas para cumprir a decisão e retornar o conteúdo. O caso veio à tona na semana passada, quando o duo Sevenn acusou Alok de não creditar a participação deles em alguns trabalhos, como “Un Ratito”. No entanto, o brasileiro apresentou documentos à Justiça e afirmou que as acusações, expostas pela revista Billboard, eram falsas.
Leia a nota na íntegra abaixo:
“Alok conseguiu importantes vitórias na Justiça Brasileira. O artista usou a Justiça para se defender e provar aquilo que tem falado nos últimos dias. A forma sumária como teve sua música “Un Ratito” retirada do seu canal do YouTube pela própria plataforma, sem nenhum tipo de comprovação por quem requereu a ação, foi devidamente reparada pela Justiça Brasileira, que determinou o imediato retorno.
Após o vídeo de “Un Ratito” ter sido removido do Youtube de forma arbitrária -já que apenas uma das partes foi ouvida, impossibilitando que o contraditório fosse realizado-, a juíza Simone Monteiro da 2ª Vara Cível da Comarca de Goiânia fez-se exigir o retorno do conteúdo à plataforma. A decisão e o documento com a ordem judicial foram assinados, emitidos e enviados à Google Brasil, que tem o prazo de 24 horas para o cumprimento.
O caso veio a público após uma matéria publicada na revista Billboard alegar -mas sem apresentar nenhuma prova ou evidências concretas- de que Alok não teria creditado o duo Sevenn em alguns trabalhos, entre eles “Un Ratito”. Nas redes sociais, Alok já havia rebatido e comprovado por meio de documentos todas as falsas alegações apontadas pela Billboard, incluindo aqueles que tratam de “Un Ratito”.
Com a volta, em breve, de “Alok, Luis Fonsi, Lunay ft. Lenny Tavárez & Juliette – Un Ratito (Official Lyric Video)” ao canal oficial no Youtube do artista, os fatos tomam lugar das especulações. A decisão também foi estendida às outras plataformas de streaming, a saber: Spotify, Deezer, Apple”.
Ministério Público nega calúnia
Na ocasião, quando a história veio à tona, Alok afirmou que somente se tornou alvo de acusações após rescindir seu contrato com a Audiomix e Marcos Araújo, ex-empresário que continua agenciando os norte-americanos. Araújo, por sua vez, tomou medidas cabíveis, e acusou o músico de calúnia e difamação. Contudo, o Ministério Público não deu seguimento ao processo.
“O Ministério Público NÃO recebeu o processo e, em suma, determinou que o mesmo apresentasse provas concretas da acusação, pois as apresentadas por Marquinhos NÃO configuram prática de crime pelo Alok, ao contrário, apenas reforçam a VERDADE dos fatos”, afirmou a equipe jurídica de Alok.
Confira o posicionamento oficial abaixo:
“O ex-empresário de Alok, Marquinhos da Villa Mix havia apresentado na segunda-feira (24/01) um processo criminal contra Alok, sob a alegação de ter sofrido calúnia por parte do DJ. O Ministério Público NÃO recebeu o processo e, em suma, determinou que o mesmo apresentasse provas concretas da acusação, pois as apresentadas por Marquinhos NÃO configuram prática de crime pelo Alok, ao contrário, apenas reforçam a VERDADE dos fatos.
‘Além do mais, o crime de calúnia, como dito acima, não se contenta com afirmações genéricas e de cunho abstrato (…). Em suma, a queixa-crime menciona equivocadamente como sendo um crime de calúnia que pela descrição não se verifica.’ (Ministério Público de São Paulo- 26/01/22)
Os últimos acontecimentos reforçam tudo aquilo que Alok afirmou e apresentou em sua defesa, que há uma série de ações orquestradas de tentativa de ataques a sua honra e a tudo aquilo construído por ele ao longo de sua carreira, e isso resta claro no momento em que ele rompe com o antigo escritório que o agenciava, mas que graças à justiça brasileira o direito é respeitado e a verdade prevalecida.
Alok é um artista de reconhecimento nacional e internacional, de credibilidade aferida junto ao seu público e que ao longo de seus 18 anos de carreira nunca teve sua imagem arranhada por qualquer tipo de inverdade ou ações que pudessem comprometer seu percurso seja como artista, produtor ou empresário. Fica evidente, a clara disposição daqueles que o acusam, a tentativa de desestabilizar sua trajetória como músico, filantropo e cidadão comprometido com a honestidade, profissionalização e reconhecimento daqueles que trabalham com música”.
[Atualização no dia 27 de janeiro, às 21h50] Após o pronunciamento de Alok, os advogados do empresário Marcos Araújo, se manifestaram. Confira a nota na íntegra:
“A nota divulgada pela equipe do DJ Alok encontra-se nitidamente deturpada e não tem outro objetivo senão manipular, ainda mais, a opinião pública.
Em primeiro lugar, o Ministério Público, em ações penais privadas, atua como fiscal da lei e seus pareceres, portanto, não são vinculantes. Assim, ao contrário do que disse a referida nota, cabe ao juiz, e não ao Ministério Público, receber a ação penal.
A manifestação ministerial foi exclusivamente no sentido de que não entendia pela existência do delito de calúnia, mas não descartou a hipótese da existência do delito de difamação.
Trata-se apenas de uma divergência de entendimento jurídico quanto à imputação penal, o que não quer dizer, em absoluto, como faz crer a nota divulgada pela equipe de Alok, que as condutas potencialmente criminosas praticadas por Alok não tenham ocorrido. Afinal, as ofensas contra a honra de Marcos Araújo foram perpetradas por Alok e divulgadas publicamente em suas redes sociais e todas as provas encontram-se no processo”.