Conforme as investigações sobre a queda de um telão durante um show da banda Mirror avançam, novas hipóteses sobre o motivo do acidente são levantadas. A apresentação aconteceu na noite de quinta-feira (28) no Coliseo de Hong Kong. Enquanto as autoridades locais culpabilizam a organização do evento, engenheiros ouvidos pelo South China Morning Post acreditam que a negligência humana também pode ter desempenhado um papel crucial no ocorrido. Veja o momento:
[ATENÇÃO: Imagens fortes]
#BREAKING: A horrible accident erupted as a Hong Kong singing and dancing boy band was hosting their first concert, injuring at least two dancers. Both were said to be conscious when being sent to the hospital. pic.twitter.com/y3c7MVyUmn
— Ezra Cheung (@ezracheungtoto) July 28, 2022
De acordo com a publicação, a investigação do caso revelou que um dos dois cabos de metal que sustentava o painel durante a apresentação arrebentou, o que teria causado a tragédia – que feriu gravemente dois integrantes da boyband. Entretanto, especialistas ouvidos pelo jornal alegam que apenas um desses fios já teria força o suficiente para segurar o monitor gigante.
Ao invés disso, os engenheiros oferecem outra hipótese. Louis Szeto Ka-sing – ex-presidente da divisão mecânica, marinha, arquitetura naval e química do Instituto de Engenheiros de Hong Kong – informou que cada cabo de metal conectado ao monitor deveria aguentar o peso da tela e mais 25% do valor. O profissional acrescentou que suspeita que a trava do fio pode ter falhado. “(O monitor) ainda deveria estar suspenso acima do solo (se a trava estivesse funcionando corretamente). Devem haver algumas (travas de segurança) que possam controlar a queda, já que um dos cabos e fios de metal ainda estava preso à tela quando caiu. Mas você pode ver que caiu direto”, afirmou.
Depois, Szeto avaliou que o operador da instalação que estava no local deveria ter tido tempo o suficiente para amortecer a queda manualmente, mesmo que a trava não estivesse funcionando.
O questionamento sobre a segurança do evento foi endossado por Lo Kok-keung, engenheiro aposentado da Universidade Politécnica de Hong Kong. “Eles deveriam ter adicionado uma terceira corrente de segurança à tela para evitar futuros acidentes. Embora não seja exigido por lei, eles deveriam fazê-lo como medidas de proteção extras“, ponderou. Por fim, Lo revelou que qualquer engenheiro contratado realizaria apenas uma verificação, quando a instalação foi montada antes do show. Ainda assim, era de responsabilidade do organizador garantir a segurança durante todas as apresentações que aconteceriam no local.
A banda, uma das mais populares de Hong Kong, fazia a quarta de uma série de 12 apresentações no lugar.
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