No início da semana, foram divulgados nas redes sociais, prints de conversas antigas de Ricardo Di Roberto, baterista do CPM 22, mais conhecido como Japinha, com uma fã menor de idade. Nas mensagens, trocadas em 2012, ambos falavam sobre namoro e virgindade, e um possível encontro. A menina, não identificada, dizia ter 16 anos, enquanto o rapaz, na época, tinha 38.
O caso ganhou maior visibilidade no Twitter na noite passada (9), após o baixista Fernando Sanches anunciar sua saída do grupo, sem explicar os motivos. Em certo momento da conversa, Japinha se mostrou hesitante ao revelar sua verdadeira idade. “[Tenho] quantos anos você quiser. Mais de 18, menos de 80″, escreveu ele.
“Já namorou muito tempo? Já fez amor? (curioso eu, eu sei)”, perguntou também o artista. Em entrevista ao G1, Ricardo assumiu ter tido essa conversa, mas disse que o caso não passou de uma “brincadeira” sem “intenção de seduzir”, e se disse incomodado com o diálogo.
“Realmente incomoda, incomoda até a mim. Eu fiz uma brincadeira naquele momento com a menina. Falei que eu tinha oitenta anos. Ninguém em sã consciência conseguiria acreditar. A menina fala que não adianta mentir, sabia que eu tinha 38. Aí eu dei risada”, comentou.
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O baterista contou que ele foi procurado pela menina, e ainda garantiu nunca ter encontrado com ela pessoalmente. “Estava rolando um clima meio de paquera, porque ela estava puxando papo comigo. Ela veio me procurar. Aí perguntei se ela tinha namorado. Ela falou que sim. Recuei. E aí ela falou que tinha 16 também, aí que eu recuei mais. Não tenho essa mania. Eu não gosto. Na estrada, chegava ao ponto de eu pedir RG para as meninas para não ter que tomar nenhum susto nesse sentido”, enfatizou.
“E o principal: eu nunca vi essa menina pessoalmente. Nunca falei com ela. Acho que ela até foi no show, mas não falou comigo. Eu disse: ‘Você falou que ia aparecer com o namorado e não apareceu’. E ela não respondeu. Ela mandou esses prints sem se identificar. Porque ela sabia que se se identificasse, eu ia procurá-la e falar: ‘Por que você está fazendo isso?'”, avisou.
Após a divulgação das mensagens, o músico buscou ajuda de advogados para saber se havia cometido algum tipo de crime na conversa. “Os três que consultei falaram que não. Primeiro que eu nunca vi a menina, não encostei nela. Conversar não mata ninguém. Eu não fiquei falando que queria… Tudo bem, teve um papo lá de virgindade. Eu até brinquei em relação a virgindade. Mas nunca querendo… sabe? Não cheguei a falar: ‘A gente podia, a gente vai…’. Aí começou a rolar essa proliferação de prints e acabei tendo que me pronunciar”, justificou.
Nas redes sociais, pessoas têm classificado Ricardo como pedófilo, e o acusado do crime de estupro de vulnerável, que segundo a legislação brasileira, é configurado em casos que envolvem menores de 14 anos. O músico se defendeu. “Tem pessoas me chamando de pedófilo, estuprador, e isso é calúnia. Se fosse verdade, alguém já teria me processado quanto a isso. Estou há vinte anos tocando e nunca ninguém veio falar comigo, não há prova, eu nunca fiz isso”, declarou.
Japinha ainda se pronunciou sobre o caso no Instagram: “Quem me conhece, de verdade, sabe da minha índole e do meu caráter, e que jamais agiria com o intuito de machucar alguém, seja física ou psicologicamente. Abomino qualquer forma de desrespeito ou abuso contra quem quer que seja. Humildemente, me coloco-me à disposição para quaisquer esclarecimentos em face de qualquer pessoa que tenha se sentido mal ou prejudicada, por algum mal entendido”.
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Assim como ele, o perfil do CPM 22 também emitiu um comunicado. “Fomos surpreendidos com postagens sobre o comportamento de um integrante de nossa banda. Somos um coletivo onde cada um responde por suas atitudes. Mas uma coisa é clara: não compactuamos com atitudes desrespeitosas contra quem quer que seja. Nosso maior interesse é que tudo isso seja esclarecido o quanto antes”, informou a publicação.
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“Várias vezes na minha vida, até por essa questão da lei… Não que eu tenha essa vontade, que goste de meninas de tal idade, não tenho isso. Eu várias vezes evitei de ficar com menores de idade, com meninas até bonitas, até crescidas e interessantes, por saber que podia dar dor de cabeça”, lembrou Japinha ao G1.
“Se eu dei continuidade para aquela conversa, naquele momento, é porque ela estava agradável. Não estava um clima de sedução, simplesmente. O pessoal pode ter achado isso aí, mas a maldade está no olho de quem vê. A bondade também”, concluiu.