Mais uma vez foi difícil conter as lágrimas ao falar sobre as consequências do novo coronavírus. Assim como Ilze Scamparini e Guga Chacra, um repórter equatoriano caiu no choro ao falar sobre a doença ao vivo para a rede nacional RTS.
O jornalista Carlos Julio Gurumendi estava realizando uma transmissão do lado de fora de uma igreja católica para relatar que os sinos ao redor do país iriam tocar às 14h em ponto em homenagem às vítimas da Covid-19. Ao ouvir o som, entretanto, ele não conseguiu conter a emoção.
“O som é um pedido a Deus, para que ele cubra com seu manto…”, explicava o repórter, usando máscara e luvas, quando sua voz ficou embargada e ele precisou parar por um momento para recuperar o fôlego. Nesse momento, ainda é possível ouvir alguém ao fundo perguntando se ele estava chorando.
“Perdão. Com o som dos sinos, pede-se para que você fique em casa, proteja os seus familiares”, tentou acrescentar Carlos, caindo de vez no choro. “Mil desculpas”, falou ele, saindo da frente da câmera, com a mão no rosto.
A imagem, então, voltou ao estúdio, onde o apresentador tomou as rédeas da situação e consolou o repórter. “Os jornalistas também são seres humanos. O nosso amigo Carlos se emocionou. Nós entendemos. Todos estamos afetados pelo que está acontecendo”, declarou. Assista:
No dia seguinte, para o program “América Hoy”, Gurumendi explicou o acontecido. “Ouvir o toque dos sinos me lembrou meus pais e minhas irmãs, que não posso abraçar, ou daqueles amigos que morreram da covid-19”, lamentou ele.
O Equador está vivendo a crise do coronavírus de perto e já registra 3.646 casos e 180 mortos pela doença. A cidade de Guayaquil, centro econômico do país, sofre com a falta de caixões. Alguns corpos demoraram até 4 dias para serem recolhidos e outros precisaram ser enterrados em caixas de papelão.
Muito triste! Estamos mandando muita força a todos que estão passando por isso!