Maria Beltrão e Natuza Nery se emocionam ao vivo na GloboNews, ao comentarem agravamento da pandemia: “Cadê a humanidade?”; assista

Nesta quarta-feira (3), as jornalistas Natuza Nery e Maria Beltrão se emocionaram ao debater sobre a situação da Covid-19 por aqui — ontem (2), o país bateu o recorde de mortes em 24 horas: foram 1726 óbitos. Segundo o levantamento do consórcio de veículos de imprensa, o Brasil apresentou a maior média móvel de mortes causadas pela doença pelo quarto dia consecutivo.

Durante o “Estúdio i”, da GloboNews, Maria Beltrão segurou o choro quando chamou a colega para comentar sobre a falta de leitos de UTI no país. “Cadê o estadista, o consolo? Cadê a humanidade? Está na hora de eu te chamar, Natuza, sei que você está chorando… Não é à toa que faço uma oração quando eu entro nesse jornal e quando eu saio. As pessoas tinham que ter uma aula de UTI”, disse ela, visivelmente emocionada antes de passar a palavra para Natuza.

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Nery concordou com a âncora e falou a respeito da situação crítica nos hospitais, demonstrando sensibilidade com os profissionais da linha de frente do combate à Covid-19. Ela também direcionou seu discurso ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, criticando a atuação dos dois.

“É isso que o presidente da República deveria fazer, o que o ministro da Saúde deveria fazer. Eles deviam passar uma hora do dia da vida deles, uma vez só… não é pedir muito, para entender como as pessoas morrem. Para entender o sacrifício que os médicos, os profissionais de saúde, quem limpa o chão de uma Unidade de Terapia Intensiva… o que essas pessoas passam”, declarou a jornalista.

Segundo reportagem do UOL, a comentarista ainda cobrou posicionamentos públicos de autoridades: “E um presidente e um ministro, governador e prefeito e olha uma história dessa e não sente que tem o coração sendo rasgado. Onde fica a humanidade dessas pessoas? Num momento como esse, com mais de 1720 histórias por dia, não diz nada? Não faz nada? O mínimo do que poderia fazer de alguém no comando da Saúde era de pelo menos, e nem estou mais pedindo competência porquê não tem, pela humanidade. Mostrar que ele se importa. Mas nem isso”.

Momentos antes, Maria Beltrão passou uma mensagem certeira aos telespectadores. “A sabedoria popular lembra que tudo que está ruim pode piorar. E piorou. A ciência adverte que com a aglomeração na pandemia, o número de mortes vai aumentar. E disparou. 1.726 pessoas perderam a vida para a Covid em  24 horas. Sim, mais um recorde. Uma surra de recordes”, começou a dizer.

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Ela continuou: “Uma realidade que justificaria um luto coletivo, nacional. Mas tem muito ‘e daí?’ por aí. Tem também a fadiga das pessoas que pode levar a uma cegueira deliberada. Não podemos deixar que o Brasil seja o lugar da asfixia e da anestesia. Por respeito aos mortos. É tempo de despertar”.