Que horror! Jovem revela a Fabio Porchat história assustadora e passado chocante que descobriu ao procurar por ex na web — assista!

Se o “Que História é Essa, Porchat” é palco dos relatos mais inusitados possíveis, este, provavelmente, foi o mais bizarro deles. Na noite desta terça-feira (25), o brasileiro Rafael Alves da Silva contou como, ao stalkear um ex-affair, descobriu algo extremamente peculiar: o homem era um serial killer e está em prisão perpétua. OMG!

Rafael tinha apenas 19 anos e estava morando em Londres, quando seu caminho se cruzou com o de Stephen. “Acabei conhecendo o cara num site de relacionamento, a gente começou a sair, aconteceram algumas coisas em paralelo e eu fui morar com esse cara. Morei com ele durante um mês, mais ou menos. Foi tranquilo”, recordou o analista de sistemas.

Rafael lembrou de quando descobriu algo BEM indesejado sobre seu ex. (Foto: Reprodução/GNT)

Até que, muito tempo depois, quando já estava de volta ao Brasil e em outro relacionamento, o rapaz decidiu procurar por seu ex na Internet – e teve a desagradável surpresa. “Digitei o nome dele no Facebook, e ao invés de retornar o perfil dele, apareceu um monte de links da BBC. Eu só li três palavras-chave: ‘documentário’, ‘Stephen Port’ e ‘serial killer’. Aí falei, que legal, ele fez um documentário sobre serial killer, vou dar uma lida aqui”, contou.

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“Aí, quando eu fui lendo, tinha foto da casa dele, da rua dele, das redondezas de onde ele morava. Gente, eu descobri que ele tá em prisão perpétua porque ele matou quatro jovens da idade que eu tinha quando a gente morava junto. [Ele fez isso] um tempo depois que a gente morou junto. O primeiro assassinato foi em 2014, foi dois anos depois. E eu consegui escapar, rapaz”, revelou Rafael, deixando os convidados do programa perplexos.

Assista ao vídeo aqui:

Porchat também questionou se Rafael nunca havia percebido nada de estranho. Então, o brasileiro contou como o homem lidava com suas vítimas. “Olhando pra trás, eu percebo muita coisa estranha. Ele tinha uma “tara” doentia de ter relações sexuais com pessoas desacordadas. Então, ele drogava essas pessoas novas que iam na casa dele, abusava delas”, mencionou ele.

A história de Rafael e seu ex-namorado serial killer deixou os convidados do programa em choque. (Foto: Reprodução/GNT)

Entretanto, a polícia não investigava a fundo os casos. “Os assassinatos que ele cometeu foram de overdose. O primeiro rapaz que morreu ele simplesmente deixou o corpo na frente da casa dele, ligou pra polícia e disse que tinha achado o corpo. A polícia achava que era só alguém que tinha se drogado demais, porque ele também plantava drogas no bolso da pessoa”, acrescentou. Que horror!

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Quem é Stephen Port – o assassino do Grindr?

Hoje, Stephen Port tem 45 anos e cumpre prisão perpétua em Thamesmead, no sul da Inglaterra. O homem ficou conhecido como “assassino do Grindr” (aplicativo de relacionamentos e encontros para homens gays) após ser acusado pelo assassinato de quatro jovens com quem se relacionava – Anthony Walgate, 23 anos; Daniel Whitworth, 21 anos; Gabriel Kovari, 22 anos; e Jack Taylor, de 25 anos. Todos foram encontrados próximos do flat do serial killer.

Em seus crimes, Port drogava as vítimas para poder estuprá-las enquanto estavam inconscientes. Eventualmente, elas eram induzidas à overdose, pelo uso excessivo da substância GHB. De acordo com o The Sun, o criminoso colocava os entorpecentes na bebida dos rapazes, ou então, as injetava pelo ânus – ocasiões em que ele alegava se tratar de lubrificantes.

Stephen Port foi condenado à prisão perpétua pela série de assassinatos dos jovens gays. (Foto: Reprodução/ID)

O assassino do Grindr tinha um perfil comum de vítima, preferindo rapazes mais jovens, com um corpo menor, comumente rotulados como “twinks”. Stephen também gravava suas relações com homens inconscientes e era obcecado por esse tipo de conteúdo pornográfico. De acordo com o The Sun, no intervalo entre os anos de 2012 e 2015, Port teria atacado 12 homens, dos quais quatro morreram em decorrência da overdose. Ele também responde por mais três estupros, quatro abusos sexuais, e por drogar outras dez pessoas com intenção de ato sexual.

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Familiares de vítimas criticam erro da polícia

Os crimes de Stephen Port geraram polêmica, visto que a polícia teria falhado ao investigá-los e ligá-los ao criminoso, acreditando se tratar de casos distintos – apesar de mídias LGBT+, como o PinkNews, terem apontado a possibilidade de assassinatos em série. Em entrevista ao documentário “How Police Missed The Grindr Killer”, a mãe de Anthony (a primeira vítima de que se tem conhecimento), revelou: “Eu acredito totalmente que as polícias de Barking e Dagenham, que investigaram as mortes de Anthony e outros rapazes, eram homofóbicas”.

“Se Anthony fosse uma garota jogada no lado de fora da rua, como um lixo, eles teriam colocado muito mais esforços nisso, muito mais. Mas como eles eram jovens rapazes, eles não fizeram nada”, opinou. A mãe de Jack, outra das vítimas, também criticou: “Stephen Port tirou a vida de Jack, mas eles deixaram isso acontecer, até onde a gente sabe. Eles são tão culpados quanto ele, deveriam ser responsáveis por sua morte, visto que poderiam ter prevenido isso”.

Rafael avalia comportamento estranho do ex

No programa do GNT, Rafael Silva dividiu seu relato para tentar alertar jovens gays, para que tomem mais cuidado. Atualmente, ele diz ficar mais atento e não pensar muito nesse passado. “Hoje eu consigo falar rindo, porque já passou há muito tempo. O que mudou em mim é que sou mais cauteloso, mas isso está bem resolvido. Às vezes, nem me lembro que aconteceu”, explicou.

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De acordo com o Correio Braziliense, o brasileiro afirmou que se separou porque foi “percebendo que não gostava dele, por isso a relação acabou”. Rafael também não lembra se Stephen fez algo contra ele. “Ele era estranho, mas eu nunca achei que ele fosse capaz de matar alguém, de cometer um crime, muito menos que drogava as pessoas. Eu vivenciei algumas coisas estranhas quando a gente estava junto. Não lembro se ele fez algo comigo”, mencionou.

Rafael morou por cerca de um mês com Stephen Port, em Londres, quando tinha apenas 19 anos. (Foto: Arquivo Pessoal)

Mas, em uma ocasião em questão, Rafael estranhou o que encontrou no apartamento de Port. “Quando eu cheguei, dias depois de terminarmos e ele me mandar mensagem avisando do meu passaporte esquecido, outra pessoa atendeu a porta. Entrei no apartamento e vi um rapaz, bem jovem, jogado na cama, numa posição estranha. Não sei se estava drogado, mas provavelmente sim, porque apesar dos crimes começarem anos depois, ele já mexia com drogas e, pelas matérias, prostituía alguns rapazes com que se relacionava”, lembrou ele.

Assim como todos que ouviram sua história, Rafael ficou incrédulo quando descobriu quem era seu ex. “No começo, não acreditei muito. A foto que aparecia, ele estava muito mais velho, imaginei que era apenas alguém com o mesmo nome. Mas as reportagens mostravam a casa dele, a vizinhança, foi quando tomei o susto e percebi que era ele. Nesse dia, não consegui trabalhar, fiquei angustiado, fiquei bem chocado”, avaliou Rafael.

Um susto traumático, pra dizer o mínimo…