Evan Peters revela sufoco ao mergulhar em crimes de Jeffrey Dahmer, e regra básica imposta por criador da série

Ator vive o serial killer Jeffrey Dahmer em nova produção da Netflix

Dahmer Evan Peters

Desde seu lançamento, na quarta-feira (21), “Dahmer: Um Canibal Americano” se tornou um dos maiores sucessos da Netflix. Nesta quinta (28), a plataforma divulgou que a série foi assistida por 196.2 milhões de horas apenas na sua primeira semana. Entre os pontos altos da série, está a atuação de Evan Peters como Jeffrey Dahmer. Apesar da aclamação de público e crítica, o ator contou que interpretar o serial killer deixou algumas marcas em sua vida pessoal.

Em um vídeo divulgado pelo streaming, o artista se abriu sobre como foi o processo para dar vida ao criminoso. “Eu imediatamente entrei no YouTube para ver a entrevista dele com Stone Phillips. Depois, li biografias e tive a oportunidade de ler as confissões dele para a polícia. Também encontrei no YouTube alguns áudios do que parecia ser um psicólogo entrevistando ele – ou até mesmo um detetive, e ele contando o que passou“, detalhou.

Peters admitiu que não foi um processo fácil entrar no personagem. “Honestamente, eu estava com muito medo de todas as coisas que ele fez e mergulhar nisso e me comprometer com isso foi uma das coisas mais difíceis que já fiz na minha vida, porque eu queria que fosse muito autêntico. Mas, para fazer isso, eu teria que entrar em lugares muito obscuros e ficar lá por um longo período“, pontuou.

O astro, então, contou sobre uma “regra” básica que Ryan Murphy determinou para o projeto. “Que [a série] nunca seria contada do ponto de vista de Dahmer“, relembrou. “É sobre ter esse ‘norte’ da razão pela qual estamos contando essa história, e usar isso como um guia“, explicou. “Era fácil aparecer lá para contar só a história de Jeffrey Dahmer, era fácil ficar perdido nisso. Foi um desafio ter essa pessoa que parecia ser tão normal, mas que, debaixo dessa superfície, tinha esse mundo que ele mantinha em segredo de todos“, apontou.

Em determinado momento, porém, as histórias de assassinato, necrofilia e canibalismo se tornaram pesadas para o ator. “Eu li tanta coisa, eu vi tanta coisa que, em um certo ponto, alguém precisou dizer: “Chega, isso já é o suficiente“, confessou à revista Variety.

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Por fim, ele falou sobre sua visão do projeto. “Tentamos contar a história da forma mais autêntica que conseguiríamos… Você sabe, você tem que ter alguns momentos no roteiro porque ele de fato fez essas coisas, mas você não precisa repeti-las diversas vezes“, disse.

Como público, você não simpatiza realmente com ele ou não se compromete com ele, você assiste do lado de fora. É chamado de ‘a história de Jeffrey Dahmer’, mas não é apenas a história dele, são as repercussões dela. É sobre como, diversas vezes, a sociedade e nosso sistema falharam ao tentar impedi-lo, graças ao racismo, à homofobia… É uma história trágica, e todos os lados são contados“, opinou. Veja:

Jeffrey Dahmer foi responsável pela morte de 17 homens e garotos, com métodos hediondos, envolvendo estupro, necrofilia e canibalismo. Dahmer costumava seduzir ou oferecer dinheiro para as vítimas antes de drogá-las, estuprá-las e assassiná-las. Além disso, o criminoso dissecava os corpos, comia órgãos e guardava ossos até ser pego pela polícia, em julho de 1991. Dahmer confessou os 17 assassinatos e foi condenado a 16 penas de prisão perpétua. Na prisão, ele foi espancado até a morte por outro detento.

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