Parece que “O Golpista do Tinder”, Simon Leviev (com nome de batismo de Shimon Yehuda Hayut), não é o único que ganhou uma má reputação depois que o documentário da Netflix foi ao ar… Segundo o TMZ, o guarda-costas do rapaz também sofreu repercussões com a produção e agora está processando o serviço de streaming.
O documentário de sucesso chegou à plataforma na semana passada e conta a história de Leviev, acusado de dar golpes milionários em diversas mulheres, a partir do aplicativo de relacionamento. O guarda-costas também ganhou uma ‘participação especial’ nos esquemas supostamente orquestrados por Leviev. De acordo com os relatos das mulheres entrevistadas, Simon dizia que sua vida estava em perigo e enviava fotos de Peter em uma ambulância, avisando que o grandalhão havia sido espancado.
O público então passou a desconfiar que o segurança também poderia estar envolvido nos esquemas, mas ele nega, e faz isso, inclusive, judicialmente. Peter e seus representantes acreditam que o filme prejudicou a reputação e a capacidade de trabalho do segurança. Por este motivo, eles enviaram uma carta de “cease and desist” à Netflix, ou seja, uma ordem ou pedido para cessar uma atividade, sob pena de ação judicial.
Na carta, obtida pelo TMZ, a advogada Joanna Parafianowicz solicitou que a Netflix retire o documentário do ar completamente. Não apenas isso, ela exigiu que a plataforma peça desculpas publicamente a Peter em todas as suas redes sociais oficiais. Peter também requisitou uma indenização pelo que ele caracteriza como “dano irreparável à sua reputação e carreira” – um montante de 5 milhões de euros (aproximadamente R$28,4 milhões).
Sua justificativa é de que a Netflix nunca obteve permissão para usar sua imagem e nem incluiu a sua versão da história. A representante afirmou, ainda, que a principal hipótese de Peter no doc – ou seja, de que ele sabia o que Simon estava fazendo – é completamente falsa.
Em conversa com o site LADBible, Joanna insistiu que o segurança não participou de nenhum golpe e que o streaming violou seus direitos humanos. “Ninguém tem o direito de privar uma pessoa de direitos básicos, como o direito à imagem e o direito à proteção de dados pessoais. O filme não conta a história do meu cliente e deve ser reforçado: nenhuma acusação foi feita contra ele em relação a este caso”, declarou a advogada. “Ele nunca esteve envolvido nos negócios de Simon. No entanto, por muitos espectadores, ele está sendo associado ao comportamento de Leviev”, explicou.
“Como resultado da publicação inesperada do filme e sua popularidade imediata, meu cliente perdeu o anonimato em apenas um dia, a capacidade de trabalhar como guarda-costas, provavelmente para sempre, assim como sua reputação”, continuou Parafianowicz. “Peter está em um estado mental ruim agora. Nós dois acreditamos que mesmo uma gigante como a Netflix não pode violar os direitos humanos básicos”, concluiu. Até o momento, a Netflix não se pronunciou sobre o assunto.