Em conversa com a também atriz Jameela Jamil, no episódio desta sexta (17) do podcast ‘I Weigh’, Reese Witherspoon decidiu se abrir sobre suas experiências com a depressão pós-parto. Segundo a estrela, ela lida com a ansiedade desde muito nova, tendo começado a fazer terapia aos 16 anos.
“Eu definitivamente tinha ansiedade, minha ansiedade se manifesta como depressão, então eu ficava realmente deprimida. Meu cérebro é como um hamster em uma roda, que gira e não sai do lugar. Eu tenho lidado com isso a minha vida inteira“, pontuou a atriz de 44 anos. A saúde mental de Witherspoon, porém, ficou ainda mais abalada quando ela começou a ter filhos. Reese é mãe de Ava, de 20 anos e de Deacon, de 16, ambos fruto do relacionamento com o ex Ryan Phillippe, e de Tennessee, de 7 anos, esse com o atual marido Jim Toth.
“Eu tive três filhos. Depois de cada criança, tive uma experiência diferente. Uma criança, eu tive um tipo de depressão pós-parto leve e uma criança, tive uma [depressão] pós-parto grave, em que tive que tomar remédios pesados porque simplesmente não estava pensando direito. E então eu tive um filho em que eu não tive depressão pós-parto nenhuma“, relatou a vencedora do Oscar. Reese se lembrou da primeira gravidez e declarou ter ficado “completamente fora de controle” após dar à luz.
“Nós não compreendemos o tipo de montanha-russa hormonal que você enfrenta quando para de mamar. Ninguém me explicou isso. Eu tinha 23 anos quando tive meu primeiro bebê e ninguém me explicou que quando você desmama, seus hormônios vão pro ralo. Eu me senti mais deprimida do que nunca em toda a minha vida. Foi assustador”, desabafou a loira. “Eu não tive a orientação adequada, não tive ajuda“, contou Witherspoon, acrescentando que também não podia ficar com a mãe, que por 35 anos trabalhou como enfermeira pediátrica.
Enquanto levantava que na época “não havia o tipo de comunicação que temos agora”, a estrela apontou para a importância dessa discussão rumo à desestigmatização da saúde mental. “Acho que os hormônios são tão pouco estudados e não são compreendidos. Eu continuava procurando meus médicos para obter respostas. Simplesmente não há pesquisas suficientes sobre o que acontece com o corpo das mulheres e as mudanças hormonais que nós não levamos tão a sério quanto eu acho que deveríamos levar“, destacou.
“Tenho profunda compaixão pelas mulheres que estão passando por isso. A depressão pós-parto é muito real“, encerrou Reese. Ouça a seguir a íntegra do podcast.