Mistérios sem Solução: Produtor revela quantas pistas recebeu em site após exibição dos episódios, e dá atualizações sobre casos analisados na série

A nova série documental da Netflix, “Mistérios sem Solução”, tem conquistado os telespectadores e deixado muita gente curiosa com os casos apresentados ao longo da atração. Quem matou, para onde o assassino foi, como o crime aconteceu? Essas são algumas das perguntas que ficam na nossa cabeça assim que cada episódio acaba. Em entrevista à Variety, o produtor executivo Terry Dunn Meurer, contou quantas pistas o site unsolved.com já recebeu e falou um pouco sobre cada um dos casos mostrados na série.

“Há, provavelmente, duas mil pistas e comentários nesse ponto [no unsolved.com], mas nem todas eles são críveis”, disse Meurer sobre o site que aparece no fim de cada episódio, pedindo para que quem tiver alguma informação sobre o caso apresentado, entre em contato. “Alguém me perguntou, ‘quantas pistas críveis vocês receberam?’. Eu tenho trabalhado no caso de [Rey] Rivera. E as pistas para o caso de [Patrice] Endres vão direto para a polícia de Georgia. Nós sabemos que eles têm trabalhado nas pistas que nós mandamos para eles, e eu tenho certeza que eles estão recebendo as próprias pistas, mas nós apenas não sabemos. Não há maneira de quantificar quantas pistas críveis recebemos. Mas muita coisa chegou. [O site] tem estado bastante ativo”, garantiu.

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Meurer contou como eles classificam uma pista como “crível”. Se alguém conta que foi uma testemunha do caso — por exemplo, se alguém dissesse que estava na mesma festa que Alonzo Brooks, e testemunhou o que aconteceu com ele, isso seria uma pista crível. “Nós não recebemos essa ainda, deixe-me ser claro. Qualquer coisa com uma informação específica é ótimo. Se alguém ligasse e dissesse sobre o caso Rivera, ‘Eu tenho o clipe de dinheiro’, ou ‘Eu sei onde o clipe de dinheiro está’, isso seria uma pista crível. Ou no caso Endres, se dissessem, ‘Oh, eu conheço o Lumina [carro] com a placa da vida selvagem'”, explicou o produtor.

O conde Xavier Dupont é procurado pelo assassinato de sua esposa e dos quatro filhos. (Foto: Reprodução)

No entanto, há bastante pistas vagas, que são difíceis de tirar mais informações, como “eu sei quem matou Rey Rivera”. “Nós mandamos e-mail de volta e dizemos: ‘Você pode nos dar mais informações? Você pode nos dar mais detalhes?’. Nós não passamos essas pistas para o FBI ou para a polícia porque nós sabemos que não há nada que se possa fazer com elas. Nós tentamos pedir para quem mandou a pista, que dê o máximo de informações específicas que conseguir. Nós preferiríamos que a polícia fizesse o veto das pistas. Nós não somos investigadores, e você nunca sabe o que eles verão em uma pista que nós não temos a experiência de ver”, observou. No momento, há uma equipe de seis pessoas, em diferentes turnos, trabalhando por trás do site, para que sempre haja alguém cuidando das pistas e mensagens recebidas.

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Meurer também falou um pouco sobre cada caso que foi apresentado até agora na série, já que o público está louco por atualizações e novos desdobramentos. Veja o que ele disse sobre cada um deles:

Rey Rivera: “Há muitas conversas sobre o bilhete que ele deixou, e há também a teoria do helicóptero. Quando você tem um caso misterioso como esse, e não consegue descobrir como Rey caiu naquele telhado do jeito que ele caiu — eu subi no telhado e eu fiquei perplexo — eu acho que as pessoas procuram por [soluções]. ‘Bom, que outras teorias podem existir se ele não pulou do telhado [do Belvedere Hotel]? Talvez ele tenha sido jogado de um helicóptero’. Essa teoria tem circulado”.

O caso de Rey Rivera foi considerado suicídio pela polícia, mas as circunstâncias de sua morte são bastante suspeitas. (Foto: Reprodução)

Alonzo Brooks: “O caso de Alonzo foi aquele em que provavelmente recebemos mais e-mails. Muitas teorias que nós já tínhamos ouvido quando estávamos produzindo os episódios, mas há alguns nomes novos que chegaram e nós enviamos ao FBI. […] Havia muitas pessoas naquela festa, alguém testemunhou o que aconteceu. Nós apenas esperamos que [a pessoa] se pronuncie. O FBI está oferecendo uma recompensa de US$ 100 mil, que eles anunciaram no mês passado. Isso foi incrível, e eu espero que motive alguém a se pronunciar sobre o que sabe do caso, porque alguém sabe”. 

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Lena Chaplin: “Bom, Lena, nós apenas esperamos que alguém se pronuncie e diga onde ela está enterrada. Esse seria o sonho neste caso”. 

Xavier Dupont: “Xavier, nós recebemos a pista mais interessante. Alguém estava em Chicago, eu acho que eles estavam no Lake Shore Drive, e eles ouviram esse cara falando francês, e eles olharam para ele e eles tinham acabado de ver o episódio. Eles nos mandaram uma foto, e realmente parecia com o Xavier. Foi impressionante. Então, nós encaminhamos a pista [para a polícia]. Mas de novo, esse é apenas um estranho — nós não temos um nome, nós não temos nada específico. No caso de Xavier, o que nós estamos esperando é que ele tenha se casado novamente, ou que ele tenha uma namorada, ou que ele viva ao lado de alguém, ou que ele tenha um colega de trabalho que saiba absolutamente, 100%, que é ele. Nós precisamos de uma pista bastante específica, porque essas pistas chegam de todos os lugares do mundo. Xavier se parece tanto com outras pessoas. Com o alcance global da Netflix, se Xavier for encontrado, nós realmente esperamos que a audiência da Netflix o ache. Se ele estiver vivo. Esse é o mistério. Ele se matou depois de todo o elaborado trabalho que teve, ou ele está por aí em algum lugar? Então, nós esperamos que ele seja capturável se estiver vivo, por causa do alcance da plataforma”.

Patrice Edres desapareceu enquanto trabalhava em seu salão de beleza. Seus restos mortais foram encontrados 600 dias depois. (Foto: Reprodução)

Patrice Endres: “Eu sei que, com Patrice Endres, a polícia da Georgia não compartilhou as pistas que apareceram nesse caso em particular. [As pessoas estão] esperando encontrar o anel de casamento de Patrice, ou alguém que saiba o que aconteceu com ele. Ou o Lumina azul [carro]. […] Seria ótimo, mas nós não temos nenhuma informação específica sobre este caso”.