A décima temporada de “A Fazenda” aconteceu em 2018, mas continua dando o que falar! Nesta quarta-feira (05), o “Notícias da TV” teve acesso a um processo que Ana Paula Renault moveu contra Nadja Pessoa e Evandro Santo, por conta de xingamentos e apelidos maldosos disparados durante o reality show.
Segundo o site, a ação corre na 45ª Vara Cível do Foro Central da Comarca de São Paulo e foi protocolada no dia 23 de agosto de 2019, dez meses após Ana Paula deixar o programa da RecordTV. No processo, a também ex-BBB pede uma indenização de R$ 200 mil para os rivais por danos morais, materiais e tutela de urgência de natureza incidental.
Mesmo com uma passagem curta pela “Fazenda”, sendo eliminada na terceira semana, Ana Paula protagonizou discussões tensas com os outros dois participantes que a levaram a entrar na Justiça. No documento, a apresentadora do “Triturando” relata todos os desentendimentos que teve com a dupla, citando apelidos maldosos que recebeu e como eles teriam prejudicado sua vida.
O primeiro xingamento descrito foi quando Evandro a chamou de “desequilibrada”, termo depois adotado por outros participantes do programa. Na sequência, Renault cita um caso em que Nadja a chamou de “mentirosa”, o que teria feito com que os fãs dela criassem fake news pejorativas a seu respeito.
O terceiro ponto aborda outra briga entre a apresentadora e Evandro, em que ele teria emitido uma sequência de palavras de baixo calão a seu respeito. Além de a apelidar de “Annabelle”, em referência à boneca amaldiçoada que protagoniza seu próprio filme de terror, o humorista ainda a chamou de “grossa, mal educada, fria, lixo, disse que ela é uma vergonha, um fracasso, controladora filha da p*ta, burguesa de merda, mimada, repete falando que ela é a pessoa mais filha da p*ta que ele já viu na vida dele, falsa, imunda, nojenta, e finalizou falando para a autora morrer”, segundo a ação.
Por fim, a apresentadora do SBT acusa Nadja de tê-la chamado de “homofóbica” e de ter assumido, mais tarde, que a xingou apenas para tirar sua estabilidade emocional no jogo. Ana Paula apontou, no entanto, que o rótulo a fez perder contratos, uma vez que era convidada para fazer presenças VIP em festas voltadas à comunidade LGBTQIA+.
Ainda de acordo com as informações obtidas pelo “NTV”, Renault alega que decidiu levar o caso à Justiça porque, mesmo quase um ano após sair do reality show, as ofensas por parte dos fãs de Nadja e Evandro continuaram.
Além da indenização de R$ 100 mil a cada um dos desafetos, Ana Paula solicitou para que os réus nunca mais citassem seu nome em qualquer rede social ou programa de televisão sob a pena de multa diária de R$ 100 mil. Ela também pediu à Justiça tutela de urgência para que o caso fosse julgado o quanto antes, e que Nadja e Evandro pagassem pelas custas processuais e os honorários advocatícios de sua defesa, estimado em 20% sobre o valor da causa.
A tutela de urgência, entretanto, foram indeferida pela juíza Glaucia Lacerda Mansutti. Como argumento, ela citou que os fatos apontados pela autora ocorreram muitos meses antes de ela recorrer à Justiça, o que “descaracteriza a urgência”.
Desenrolar do caso
No dia 16 de dezembro do ano passado, a ex-BBB forneceu os dados completos de Evandro Santo que faltavam no documento inicial, como endereço residencial e CPF. Um mês depois, em 19 de janeiro, os advogados dela voltaram a solicitar a tutela de urgência.
De acordo com eles, Renault recebeu novos ataques difamatórios por parte dos fãs dos rivais nas redes sociais. Três dias depois, a mesma juíza voltou a indeferir o pedido. Não satisfeita, a apresentadora protocolou um agravo de instrumento no Tribunal de Justiça de São Paulo, em 28 de fevereiro, e o caso agora tramita na 2ª Câmara de Direito Privado.
De acordo com a publicação, o relator José Joaquim dos Santos analisou o pedido e também concluiu que não há urgência no “silenciamento” de Nadja e Evandro por se tratar de uma ação que apresenta fatos ocorridos há quase dois anos. Os dois ex-participantes continuam livres para citar o nome de Ana Paula.