Meu Deus, que tragédia! Um garotinho, de apenas 7 anos, morreu nesta terça-feira (29), após ser atirado no chão 27 vezes durante uma aula de judô. O caso chocou Taiwan em abril deste ano, quando a criança, que não teve seu nome revelado, entrou em coma por conta dos ataques em que foi jogado no tatame por um colega e seu professor de artes marciais.
De acordo com a BBC, o menino teve uma grave hemorragia cerebral após a aula de judô, entrou em coma e foi colocado em um equipamento que o manteve vivo durante 70 dias. Ontem, os médicos explicaram que os níveis de pressão arterial e frequência cardíaca da criança estavam caindo. Depois que a equipe médica falou com os parentes da criança, eles concordaram em retirar o suporte vital.
Os golpes excessivos foram todos registrados pelo tio do garoto. Durante a aula, ele filmou tudo, justamente para comprovar para a mãe da criança que as aulas eram inadequadas. Ainda segundo a publicação, a gravação mostra o menino sendo arremessado várias vezes por um colega mais velho, durante o treino.
Ele é ouvido gritando no vídeo, mas seu treinador ordena que se levante e diz ao aluno mais velho para continuar jogando-o ao chão. Então, o próprio mestre pega o garotinho e o joga no chão. Com tantas agressões, a criança acabou desmaiando e seu professor ainda o acusou de estar fingindo. As primeiras investigações já mostraram que o treinador não tinha licença para dar aulas.
Na época em que o caso ganhou repercussão na mídia, muitas pessoas questionaram por qual motivo o tio do garoto não interviu para cessar os ataques contra o sobrinho. Ao que tudo indica, a cultura de respeito e reverência à figura dos professores impediu que o homem intervisse. A mãe do menino chegou a declarar que o tio se sentiu “péssimo pelo que aconteceu”.
O treinador da criança, que tem quase 60 anos, foi acusado de agressão física, resultando em ferimentos graves, e também por usar um menor para cometer um crime. Ele foi libertado no início deste mês após pagar uma fiança no valor NT$ 100 mil – cerca de R$ 17,8 mil, considerando a atual cotação do dólar tailandês no Brasil. Após a morte da vítima, no entanto, os promotores mudarão sua acusação para “ferimento causando morte”. Se for considerado culpado, o professor pode pegar uma sentença que vai de sete anos de reclusão até prisão perpétua.