Uma mãe denunciou que a filha de 4 anos foi estuprada pelo marido de uma amiga, em Itanhaém, no litoral de São Paulo. A mulher disse ao g1, em matéria publicada nesta quinta (30), que o crime teria acontecido na casa do casal, enquanto ela e a colega conversavam na sala.
No meio tempo, a criança teria subido para o segundo andar com o homem e, em 15 minutos, a situação teria ocorrido. A queixa só foi exposta pela menina já em casa. “Mãe, ele lambeu meu peito”, disse a criança, segundo a mulher. O caso foi registrado como estupro de vulnerável e é investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher da cidade. O homem, de 58 anos, nega o crime.
A mãe, de 37 anos, contou que a menina estava brincando com os cachorros ao lado dela e da amiga. Ela disse que o suspeito apareceu e foi para o segundo piso da casa usar o computador. Naquele momento, a menina teria ido com o homem. “Demorei 15 minutos para perceber que ela não estava mais fazendo barulho e nem brincando no térreo [com os cachorros], onde estávamos”, relatou.
Assim que percebeu que a criança não estava por perto, a mulher explicou que chamou pela filha, que não respondeu. Segundo ela, depois do ocorrido, o homem disse que os dois estavam “assistindo desenho”. Na sequência, a mãe relatou que o suspeito desceu as escadas de mãos dadas com a criança. Naquele momento, até ir para casa, a mãe não desconfiava de nada.
Foi na hora do banho da garota que ela confessou, referindo-se ao homem: “Mãe, ele lambeu o meu peito”. Segundo a mãe, a criança contou que o indivíduo havia lambido as “partes dela” e passado a mão na vagina. Ela também contou que o suspeito pediu para que a menina segurasse o órgão genital dele. Por fim, a criança falou que não queria mais voltar para a casa da amiga.
“Eu estava chorando, descompensada e desacreditada do que tinha acontecido”, desabafou a mãe. Ela chegou a gravar um áudio da menina relatando o estupro e o enviou à amiga e esposa do suspeito. De acordo com a mãe da menina, após a mensagem, a moça passou mal e precisou ser levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) pelo marido.
Ao saber que a amiga havia sido socorrida na UPA, a mulher acionou a Polícia Militar (PM) e foi até a unidade de saúde com o objetivo de confrontar o casal sobre o ocorrido. Todos foram levados para a Delegacia Seccional da cidade.
Um boletim de ocorrência (BO) foi registrado, mas, por não ter sido configurado o flagrante, o suspeito não foi preso. Segundo a advogada Vanessa Drudi, que defende a família da vítima, um inquérito policial está em processo para a análise de provas. “Serão tomadas todas as medidas necessárias para que o caso não fique impune”, evidenciou a profissional. Durante o depoimento, de acordo com o BO, o acusado confessou que assistia a pornografia no momento em que a criança entrou no quarto e pediu para brincar no computador.
A mãe levou a criança para fazer um exame no Instituto Médico Legal (IML). O resultado não constatou lesão corporal. Contudo, a mãe da menina ressaltou que a filha não mencionou penetração. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que o caso foi registrado como estupro de vulnerável no plantão da Delegacia Seccional de Itanhaém e encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do município, onde é investigado.