Mais de 40 alunos recebem atendimento médico após uso compartilhado de agulha em escola do ES

O caso aconteceu durante atividade na aula de Química

Mais de 40 alunos de escola estadual no ES recebem atendimento médico após uso compartilhado de agulha (Foto: Unsplash/ Kristine Wook)
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Mais de 40 alunos receberam atendimento médico após compartilharem a mesma agulha para coletar sangue durante uma atividade prática em sala de aula, sobre como descobrir o tipo sanguíneo. O caso aconteceu na sexta-feira (14) em uma escola estadual de Laranja da Terra, na Região Serrana do Espírito Santo.

Segundo relatos dos pais, os estudantes participaram de uma aula de Práticas Experimentais em Ciências, realizada com quatro turmas para demonstrar como descobrir o tipo sanguíneo de cada um. A atividade com os alunos que pertencem a turmas de 2ª e 3ª séries do Ensino Médio e têm idades entre 16 e 17 anos foi realizada sem a devida autorização da coordenação pedagógica.

Quando os pais souberam da atividade, ficaram apreensivos com possíveis consequências para a saúde dos filhos. Eles, então, procuraram a escola e a polícia. De acordo com o g1, os médicos ressaltam que o uso compartilhado de seringas e agulhas é um comportamento de alto risco para contrair doenças infecciosas como HIV e hepatite B e C.

Município de Laranja da Terra, Espírito Santo. — Foto: Câmara Municipal de Laranja da TerraLaranja da Terra, no Espírito Santo. (Foto: Câmara Municipal de Laranja da Terra)

Todos os estudantes foram encaminhados ao hospital para fazer exames médicos e descartar eventuais infecções. Os resultados deram negativos até o momento. Todavia, com a repercussão do caso, os adolescentes relataram que passaram a ser discriminados na escola pela possibilidade de terem sido infectados.

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O professor de Química responsável pela aula foi demitido e o caso foi encaminhado para a corregedoria da Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Uma reunião com pais e estudantes da escola, com a presença de representantes da Secretaria Municipal de Saúde, foi realizada para maiores esclarecimentos sobre o caso.

Na manhã desta terça-feira (18) foram realizados exames complementares para testar a imunidade contra hepatite B e C. A Sedu informou que, por protocolo, os alunos serão acompanhados pela secretaria e que repetirão os testes em 30 dias. A Polícia Civil informou que o caso seguirá sob investigação da Delegacia de Polícia de Laranja da Terra. Detalhes da investigação não serão divulgados no momento.

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