Marido de juíza encontrada morta fala pela primeira vez sobre o caso: ‘Situação confirmada pelas câmeras’

O corpo de Mônica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira estava dentro do carro do marido quando foi encontrado

Juíza

Nesta terça-feira (17), a juíza Mônica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira foi encontrada morta dentro do carro do marido, no estacionamento de um condomínio no bairro de Nazaré, em Belém (PA). Segundo o G1, o corpo apresentava um ferimento de bala no peito. Em entrevista para a TV liberal, o marido dela, o também juiz João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, afirmou que a magistrada teve um “momento de fraqueza”.

“Em algum momento de fraqueza ou coisa parecida, nessa noite, onze e meia da noite, ela saiu de casa com as malas como se fosse para o aeroporto viajar. Para minha surpresa, às seis e quarenta da manhã, quando eu desci, ela simplesmente estava no carro e tinha disparado o tiro nela mesma”, relatou.

De acordo com João Augusto, a sua versão pode ser comprovada pelas imagens das câmeras de segurança do local, que já estão em posse da polícia: “Essa situação está confirmada pelas câmeras de vídeo do prédio, mas como o inquérito está em sigilo [da Justiça], por enquanto não se pode ter essa visão geral sobre o procedimento”. 

Segundo as autoridades, após encontrar o corpo da esposa, o juiz teria alterado a cena do crime, ao levar o veículo para a delegacia. “Eu me encaminhei com ela no carro, porque ela estava no carro, no lugar do passageiro, para a Divisão de Homicídios. Fui atendido pelo delegado e lá foi feito todo procedimento possível e imaginado: coleta de resto de combustão e exame de corpo de delito. Tudo o que podia ter sido feito, está sendo feito”, garantiu ele. Em suas palavras, a situação é “na verdade, um lamentável incidente”.

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Em depoimento à polícia, João Augusto relatou que teve uma briga com a esposa na noite anterior e que ela teria deixado a casa, afirmando que iria viajar. Pela manhã, ao sair da residência, o magistrado não teria encontrado as chaves do carro, e usou a reserva. Quando chegou no estacionamento do prédio, o juiz encontrou a esposa já sem vida dentro do seu veículo. João aponta que Mônica usou a arma que ele costumava guardar no automóvel para se matar.