A apresentação do MC Boco do Borel neste domingo (26), terminou em uma grande tragédia. O cantor de brega funk, que tinha apenas 34 anos, foi morto a tiros enquanto fazia um show em Serrambi, em Ipojuca, no litoral sul de Pernambuco.
De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o responsável pelos disparos estava com o rosto coberto por uma máscara e atirou diversas vezes contra o cantor. Até o fechamento desta matéria, ninguém havia sido preso pelo crime e a identidade do suspeito também não foi compartilhada pelas autoridades.
O crime aconteceu no Bar do Aconchego, e apesar de Boco do Borel ter recebido os primeiros socorros no momento do ocorrido e ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Serrambi, ele não resistiu aos ferimentos. A perícia apontou 15 perfurações no corpo do cantor, e adiantou que o estabelecimento não possuía câmeras de segurança. O artista deixou a esposa e quatro filhos.
Nas redes sociais, Sheldon, que fez dupla com Boco do Borel no início da carreira, lamentou a partida precoce. “Eu e o Boco tivemos uma história linda de irmandade. A gente, juntos, superou preconceito, a gente superou os obstáculos da vida durante uma geração e é até meio estranho para mim falar dessa forma. O Boco se foi, não está mais aqui entre nós e o que me deixa mais triste ainda é que eu não pude dizer o quanto eu amava ele”, afirmou o cantor.
Segundo o G1, em junho de 2020, o artista foi detido com mais três homens por estar com 670 gramas de derivado de pasta base de cocaína. Na época, a equipe do cantor alegou que ele estava “no local errado na hora errada”. Boco ficou preso preventivamente até outubro deste ano. “Não tinha mais mandado de prisão, tinha sido revogado. Eu fiz o requerimento verbal e foi comprovado que não tinha prova alguma contra ele e o juiz mandou soltar ele na audiência”, afirmou o advogado Sérgio Gonçalves, responsável pela defesa do cantor.